Onda de calor

Altas temperaturas podem aumentar o risco de problemas cardíacos e até infarto

Cardiopatas, hipertensos e idosos devem ter atenção redobrada com nível de hidratação e uso de medicamentos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Calor por contribuir para os males do coração
Calor por contribuir para os males do coração (coração)

São Paulo - Sudorese, tontura, visão embaçada, fadiga. Sintomas aparentemente comuns após a exposição prolongada ao sol, sob altas temperaturas, também representam um risco para a saúde cardíaca. O alerta é do cardiologista Leopoldo Piegas, coordenador do Programa de Infarto Agudo do Miocárdio do HCor.

O médico explica que todas as mudanças de temperatura podem interferir no sistema cardiovascular. No calor excessivo, nosso organismo recorre a vasodilatação das artérias para facilitar a perda de temperatura pelo sangue e isso pode provocar uma crise de hipotensão, ou seja, pressão baixa.

Os sintomas comuns de queda na pressão arterial podem vir acompanhados de desmaios e arritmias. Pacientes hipertensos, que fazem uso frequente de medicações vasodilatadoras, são ainda mais afetados, assim como os idosos, que precisam ser monitorados.

Outro quadro que merece atenção é o de desidratação. Em um dia muito quente, o suor excessivo e a baixa ingestão de líquidos levam o corpo a perder uma grande quantidade de sais minerais. O organismo tem dificuldade para funcionar, o que resulta em cansaço excessivo e, novamente, na queda da pressão.

Já o risco de infarto cresce quando as temperaturas passam de 32ºC. A medida em que o organismo se desidrata, ele fecha os vasos sanguíneos para manter a pressão arterial, e aumentar os batimentos cardíacos para se sustentar, enquanto o sangue fica mais grosso, favorecendo o risco de entupimento de veias e artérias. “Pessoas obesas, diabéticas e portadoras de algum problema cardiovascular fazem parte do grupo de maior risco e são as mais propensas a sofrer com as altas temperaturas”, explica Piegas.

A orientação nestes dias quentes é manter-se sempre hidratado, aumentando o consumo de água, chás e sucos naturais, além evitar a exposição direta ao sol e fazer refeições leves, que exigem menos esforço do organismo durante a digestão. Exercícios físicos intensos devem ser evitados. “Ao sentir desconfortos e sinais de desidratação, é importante buscar orientação médica”, destaca o cardiologista.

Fique atento aos sinais que podem indicar um infarto ou AVC:

  • Dor no peito que pode irradiar para o braço, costas ou para o queixo
  • Sensação estranha na garganta
  • Tontura ou dor de cabeça inesperada e inexplicada
  • Batimentos cardíacos acelerados

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