ACM celebra 166 anos
O presidente da Associação Comercial do Maranhão (ACM), Cristiano Barroso Fernandes será o anfitrião da solenidade magna de aniversário da entidade na noite de hoje. A partir das 20h, o evento virtual celebrará os 166 anos da entidade mais antiga do Maranhão e uma das mais tradicionais do Brasil. Já estão confirmadas as presenças do prefeito Edivaldo Holanda Júnior e do governador Flávio Dino. Mote da celebração: “Diálogo com o poder público: uma conexão necessária”.
Antipolítica
Pego carona no excelente comentário da jornalista gaúcha Rosane de Oliveira, quando diz que o exemplo do governador afastado do Rio, Wilson Witzel, que se elegeu com o discurso da antipolítica deveria servir de alerta para os eleitores desconfiarem de candidatos que se apresentam nesta eleição como salvadores da pátria.
Antes de completar 20 meses no cargo, Witzel enfrenta um processo de impeachment que resultará na sua saída definitiva do Palácio das Laranjeiras.
Candidatos que fazem campanha para ocupar um cargo no Executivo ou no Legislativo desqualificando a política são exploradores da boa-fé do eleitor. Quando se apresentam defendendo a “nova política” é preciso exigir que esclareçam o que farão de diferente, porque a história recente mostra que essa expressão, desgastada pela inutilidade, não significa nada além de um bordão para enganar os desavisados.
Antipolítica 2
Em qualquer eleição, é preciso prestar atenção a três coisas: biografia, propostas e companhias.
Biografia não é o texto bonito no perfil das redes sociais ou no santinho. É o que o candidato já fez nos cargos que ocupou. Se for marinheiro de primeira viagem, que atuação teve na comunidade para merecer um voto de confiança?
Ser filho, marido, esposa de figurão ou de pseudocelebridade é pouco para justificar um voto. O que o dono (a) daquele CPF fez pela cidade? Pelo bairro? Pelas pessoas? Se a resposta for uma lacuna, melhor procurar outra opção.
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O candidato é do tipo que compartilha notícias falsas? Que difama adversário? Ou é adepto da política construtiva?
Da biografia também faz parte a forma como trata os diferentes, os mais fracos, os que não pensam como ele (a). Se não for com respeito, examine o próximo currículo.
Propostas pra valer têm de parar em pé. Por "parar em pé" entenda-se as que estão dentro da alçada do prefeito ou vereador, enquadram-se na lei e cabem no orçamento.
Desconfie de quem promete mundos e fundos e dos que ficam em generalidades do tipo “lutarei por uma cidade mais justa e mais humana”.
Passar um pente-fino nas propostas é a melhor forma de eliminar os demagogos.
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Companhias importam, e muito. Porque ninguém governa sozinho nem se livra das influências externas quando assume o mandato de vereador.
Quem financia a campanha do seu candidato? Com que grupos está comprometido? Quem são seus homens e mulheres de confiança? Quem fez parte do seu time quando esteve em outras funções?
Os brasileiros estão cansados de ver o filme em que o dono da cadeira diz "eu não sabia" quando pessoas do seu círculo próximo são pilhadas em falcatruas.
DE RELANCE
O jogo da campanha
O que dizer ao leitor para ampliar as chances de acerto dele na escolha de candidatos. Vamos por etapas. Primeiro, o jogo da campanha, não tanto em São Luís, mas muito por aí, a disputa tem fortes inhacas de ódio, no mais clássico estilo quem é do meu lado é santo, quem é contra, o diabo, quem muda de lá pra cá é regenerado e quem vai de cá pra lá é degenerado. Aí é com você. Ou assume uma banda e vai à guerra ou se retrai para olhar o jogo pela tevê.
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Vale fazer a ressalva de que isso não é um jogo de santos e diabos e sim disputas entre seres humanos pelo poder, que na sua faceta mais rasteira, desde os tempos das cavernas, é tipo da cabeça para baixo é canela, um quase vale-tudo. No seu sentido mais sublime, a política é o caminho para a construção de uma sociedade mais harmoniosa, menos desigual, mais justa, menos violenta, mais humana.
O jogo da campanha 3
Mas não é isso que todos os candidatos fazem? Sim. E muitos apenas fazem meros exercícios de hipocrisia, o que querem mesmo é o lugar do outro, não raras vezes, para fazer até pior em matéria de desatinos. O bom seria que a disputa fosse mesmo de propostas. Mas ainda estamos longe da civilidade almejada, o que inclui boas práticas no jogo político.
O bode das aglomerações
Deputados maranhenses que estão circulando pelo interior no apoio a aliados dizem que, se a Justiça impuser rigor absoluto contra candidatos que aglomeram, ‘vai faltar candidato este ano’. Mas ressalvam: se é quase impossível conter isso, apesar da pandemia, também é quase impossível que a Justiça deixe de punir alguém por aglomerar. Nos cartórios eleitorais chovem denúncias. A expectativa é saber quem será o primeiro bode expiatório. Ou seja, aquela que vai pagar pelo pecado dos outros.
O nome social dos candidatos
Nos registros de candidatura os candidatos têm dois nomes, o de registro, oficial, e o social, pelo qual ele diz ser chamado. Assim o é, segundo levantamento do site Congresso em Foco, que nas urnas deste ano nós teremos nos quatro cantos do Brasil, entre candidatos a prefeito, vice e a vereador, além de 84 Bolsonaros e 185 Lulas, o maior número, conforme registramos na coluna de ontem. E não fica só aí. Teremos nada menos do que 99 Tiriricas, 58 Brizolas, oito Obamas e três Trumps. É nome para todos os gostos.
Michael Bublé só em 2021
Os maranhenses que compraram ingressos para ver os show do cantor canadense Michael Bublé vão ter que esperar mais um ano. O artista adiou suas apresentações no Brasil por conta da pandemia do novo coronavírus. Os espetáculos, que estava marcado para ser realizado agora em outubro, foram reagendados para novembro de 2021. A turnê An Evening With Michael Bublé foi interrompida pela covid-19, e seus shows foram adiados em locais como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Santiago, no Chile, e Buenos Aires, na Argentina.
Brasil em projetos
A Editora FGV lança o livro “Brasil em projetos: História dos sucessos políticos e planos de melhoramento do reino. Da ilustração portuguesa à Independência do Brasil”, do historiador Jurandir Malerba, no dia 2 de outubro. A obra apresenta uma síntese da história do país desde Reformismo Ilustrado até a Independência, a partir dos projetos traçados para o Brasil.
Brasil em projetos 2
A propósito: para marcar este lançamento, Malerba, o jornalista e biógrafo Lira Neto, e as historiadoras Wlamyra Albuquerque, Heloisa Starling e Marieta de Moraes Ferreira se encontrarão virtualmente para um bate-papo. Durante o evento, abordarão temas como o Brasil e sua história nesses dois séculos e o quanto aquela agenda política, econômica e social ainda reverbera ruidosamente nos dias atuais.
Para escrever na pedra:
“Um verdadeiro amigo é aquele que tenta compreender aquilo que não somos capazes de explicar”. Do poeta gaúcho Fabrício Carpinejar.
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