Perigo

Exposição ao calor e ao sol em filas pode ser prejudicial à saúde

Dermatologistas alertam para os malefícios da radiação solar, que tem castigado a população de São Luís nos últimos meses, principalmente quem tem ido com frequência às agências bancárias e do INSS e lotéricas

Evandro Júnior / O Estado

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Muita radiação ultravioleta pode causar manchas na pele e provocar, também, desidratação e câncer de pele
Muita radiação ultravioleta pode causar manchas na pele e provocar, também, desidratação e câncer de pele (fila )

São Luís - A flexibilização dos protocolos sanitários, que permitiu a normalização de vários serviços na capital, virou sinônimo de sacrifício para muita gente. O problema são as longas filas do lado de fora de bancos, casas lotéricas e das agências do INSS, que causam desconforto devido ao calor decorrente das altas temperaturas nesta época do ano. Pior ainda é a exposição por longas horas aos raios solares, o que pode prejudicar a pele, desencadear o aparecimento de manchas e até câncer.

Segundo os dermatologistas, quem se expõe dessa maneira ao sol deve usar protetor solar. Além de prevenir o envelhecimento precoce e as manchas, os produtos com FPS ajudam a combater outros efeitos nocivos. Para o dia a dia, deve-se aumentar o fator de proteção, mas como os dias são sempre quentes e úmidos na capital maranhense, o ideal são protetores de toque mais seco, que não deixam a aparência oleosa.

Nos últimos meses, o tamanho das filas aumentou consideravelmente em frente, por exemplo, às agências da Caixa Econômica, lotéricas e agências do INSS. A explicação é a liberação do auxílio emergencial, que mobilizou grande parcela da população. Apesar da facilidade dos aplicativos, muitos beneficiários continuam se dirigindo à Caixa para obter informações, a exemplo de pessoas idosas, ou por que tiveram alguma dificuldade ao usar o aplicativo, que é o caso dos mais jovens. Lá chegando, elas se deparam com as longas filas do lado de fora e nelas permanecem por horas, uma vez que o atendimento é lento devido à quantidade de clientes.

Pressão sanguínea alterada
Segundo o dermatologista Eduardo Lago, durante a exposição ao sol intenso na rua, a pressão sanguínea também pode alterar um pouco, sendo os idosos os mais acometidos. “Algumas pessoas passam a ter um pouco de diminuição de concentração quando submetidas ao calor intenso. Outras sentem fraqueza e aumento da irritação. O calor forte pode acelerar o envelhecimento da pele e esse envelhecimento será ainda maior se o calor for acompanhado de muita exposição ao sol”, frisou.

Muita radiação ultravioleta pode causar manchas na pele e provocar, também, desidratação e câncer de pele. “O aumento da temperatura deixa nosso organismo mais suscetível à desidratação. Logo, é necessário se caprichar na ingestão de água. Crianças e idosos são os que precisam ter mais cuidados com essa exposição, que pode resultar em problemas mais graves no futuro”, complementou o médico.

Sem alternativa
Quem se expõe ao sol nas filas dos bancos ou agências do INSS geralmente não tem alternativa e enfrenta, também, as aglomerações, aumenta os riscos de contágio por coronavírus. “Aqui na agência do Complexo Deodoro, por exemplo, é difícil você achar uma sombra e fugir das aglomerações, a não ser que saia da fila, mas isso não pode, pois fila é fila, ou você fica ou não está nela”, disse o mecânico Luís Alfredo Valadares, que tem ido com frequência à agência.

O Ministério da Saúde alerta que o horário entre 10h e 16h tem grande incidência de raios do tipo ultravioleta B, principais responsáveis pelo surgimento do câncer da pele. A orientação é para que a pessoa procure a sombra nesse período.

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