BELÉM - A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça (29) a Operação S.O.S que teve como um dos alvos o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB). A ação visava desarticular organização criminosa dedicada a desvios de recursos da Saúde, destinados a contratação de organizações sociais para gestão de hospitais públicos do Pará, dentre eles os hospitais de campanha montados para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Dois secretários de governo e um assessor do governador foram presos.
Segundo a corporação, entre os investigados estão empresários, o operador financeiro do grupo, integrantes da cúpula do governo do Pará, além do governador Hélder Barbalho. Entre os alvos das buscas realizadas nesta manhã está o Palácio do Governo, sede do Executivo do Pará.
Foram presos os membros do governo Parsifal de Jesus Pontes (secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia e ex-secretário da Casa Civil), Antonio de Padua (Secretário de Transportes) e Leonardo Maia Nascimento (assessor de gabinete).
A investigação compreende contratos firmados entre agosto de 2019 a maio de 2020, totalizando o valor de R$ 1.284.234.651,90.
Foram cumpridos 12 mandados de prisão temporária e 41 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além disso, há 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca e apreensão expedidos pelos Juízos das Varas de Birigui e Penápolis, no interior de São Paulo.
A corporação aponta que os crimes sob investigação são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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