Educação

Escolas particulares retomam atividades presenciais em São Luís

As aulas presenciais foram retomadas a partir de agosto e, agora, praticamente todas as instituições voltaram à normalidade, mas a maioria adotando o modelo pedagógico híbrido

Evandro Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
70% das 55 escolas particulares sindicalizadas já retomaram as aulas presenciais
70% das 55 escolas particulares sindicalizadas já retomaram as aulas presenciais (Santa Teresa)

São Luís - Todas as escolas particulares de São Luís já retomaram a programação pedagógica, segundo informou a Associação de Pais e Alunos de Instituições de Ensino do Maranhão, 70% das 55 escolas que fazem parte do sindicato, já estão em funcionamento presencial. Segundo o presidente da entidade, Eduardo Freitas, as instituições de ensino não poderiam permanecer de portas fechadas também por uma questão de existência.

“Ou correriam o risco de fecharem as portas definitivamente. Uma parte retomou no dia 3 de agosto e o restante, neste mês de setembro, adotando o modelo pedagógico híbrido, ou seja, com aulas remotas e presenciais”, informou Eduardo Freitas. De acordo com o presidente, na maioria das escolas já foram registrados casos de contágio pela Covid-19 e cada uma delas tomaram suas respectivas providências.

“Não podemos culpar as escolas, pois sabemos que a própria população está relaxado quanto aos cuidados e já sabemos que uma segunda onda já tinge alguns países, como Alemanha e Reino Unido, algo que pode vir a acontecer também no Brasil, se é que já não está ocorrendo”, disse.

Ainda conforme o presidente, há escolas que estão possibilitando aulas presenciais todos os dias, como é o caso do Colégio Literato. “Na verdade, os pais já estão aceitando porque muitos não têm onde deixar os filhos e as escolas são o local mais seguro”, afirma.

O Colégio Dom Bosco, por exemplo, adotou a modalidade híbrida, com metade da turma presencial e metade on-line, dentro do esquema de revezamento, segundo sua assessoria de imprensa. As aulas presenciais nas escolas particulares foram retomadas em agosto, mas algumas suspenderam as atividades em setembro depois do surgimento de casos entre alunos ou funcionários. Foi o caso de colégios como Upaon-Açu e Educallis. No primeiro, uma das professoras do ensino médio foi diagnosticada com a Covid 19.

O Colégio Educativos também comunicou que suspendeu as aulas por 14 dias após dois funcionários da instituição testaram positivo para a doença. A escola Dom Pedro II também chegou a suspender as aulas por sete dias, após a suspeita de um caso Covid-19 em uma criança do ensino fundamental I. No dia 9 de setembro, o Centro Educacional Sagres suspendeu por 14 dias as aulas presenciais na unidade, após uma professora do ensino fundamental ter testado positivo para a Covid-19.

Sindicato

Segundo o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino da Rede Particular, tendo como base dados atualizados na semana passada, das escolas filiadas que responderam ao questionário aplicado pelo sindicato, mais de 70% já reiniciaram as aulas desde o dia 3 de agosto, conforme foi estabelecido pelo Decreto 35.897, de 30 de junho de 2020.

O Art. 8º. do Decreto No. 35.897 estabeleceu a formação de Comissão de Saúde com a participação de membros da comunidade escolar da instituição. O sindicato informou que recomendou que cada escola fizesse cumprir obedecendo ao disposto no Art. 8º.

O retorno das atividades presenciais em sua plenitude, segundo o sindicato, dependerá sempre das orientações dos setores de saúde, uma vez que está autorizado o retorno gradual conforme os protocolos sanitários estabelecidos no documento elaborado pelo sindicato.

As escolas que já iniciaram aulas presenciais, ainda conforme o sindicato, estão orientadas a cumprirem as determinações das instruções normativas dos Conselhos Nacional, Estadual e Municipais de Educação. O ensino híbrido foi a solução discutida de aprovada pelo CNE/MEC que é a combinação entre o ensino presencial e o ensino remoto.

Medidas

Entre as medidas sanitárias impostas para a volta às aulas, está o uso obrigatório de máscara, suspensão do recreio e aferição de temperatura dos alunos e colaboradores. As escolas também devem adotar medidas como criar um protocolo de segurança sanitária, orientar sobre o uso e manuseio das máscaras, proibir o uso coletivo de bebedouros e adotar garrafas de água individuais.

É preciso, também, realizar a divisão das turmas em grupos, distribuir álcool em gel para os alunos e instalar reservatórios com o produto nas dependências, estabelecer horários diferenciados de entrada e saída, escalar dias para as aulas presenciais e garantir o distanciamento mínimo de 1,5 m entre os estudantes.

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