Editorial

Caça ao voto começou

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

Ainda em meio à pandemia, mesmo com o relaxamento do isolamento social e cada vez menos o uso de máscaras, São Luís teve um domingo, 27, agitado por conta do início oficial da campanha eleitoral que movimentou, principalmente, a orla marítima com muita agitação das carreatas no primeiro contato direto com a população.

Os desafios pela busca dos votos do eleitorado começaram e os candidatos, até 15 de novembro - dia da eleição no primeiro turno - devem enfrentar desafios, apesar de as regras sanitárias em vigor também dificultarem as atividades nas ruas, mas o que se viu domingo, 27, foi muita gente sem o uso do acessório de segurança contra a Covid-19. As convenções já demonstraram isso.

A temporada de caça ao voto foi lançada com a disputa para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Os candidatos estão liberados, por exemplo, para pedir votos e divulgar propostas nas ruas, na internet e na imprensa escrita. Já a propaganda gratuita em rádio e televisão do primeiro turno será veiculada de 9 de outubro a 12 de novembro.

É bem verdade que a pandemia não pode deixar políticos inseguros. Para conquistar eleitores, vale o contato físico - o abraço e o aperto de mão e outras manifestações de carinho. Uma verdadeira saia justa: se o político não se aventurar no corpo a corpo com a população, pode terminar perdendo votos. Não ir às ruas vai, com certeza, deixar aquela sensação de campanha morna ou quase parando, algo que também afasta o eleitor. Nada de perder votos.

Sobre a insegurança em relação à pandemia, uma pesquisa do Instituto Datafolha revela que muitos eleitores consideram não comparecer para votar em 15 de novembro, com receio de contaminação. Desta forma, a aposta dos partidos é a de que o eleitor só sairá de casa para votar se a campanha esquentar. Se for “morna”, o público não vai votar e aí, a abstenção tem tudo para ser maior do que nos pleitos anteriores. Como ainda há um mês e meio pela frente, até a eleição, a esperança é que a pandemia arrefeça e o eleitor ganhe mais confiança para votar.

Conforme avaliação, os candidatos têm a certeza de que será preciso equilibrar a presença na rua com as mensagens nas redes sociais, que já ganharam mais importância na última eleição e, agora, nessa temporada que mistura campanha com pandemia, caminham para a consagração. O papel da Justiça Eleitoral, em assegurar a proteção dos eleitores, será fundamental para ajudar nesse convencimento da população.

E como ainda estamos enfrentando a pandemia, chega a boa notícia de que o Brasil atingiu no domingo, 27, a menor média móvel de casos de Covid-19 em três meses. Segundo levantamento da revista Veja, foram 26.811,4 novos infectados, semelhante ao registrado em 18 de junho: 25.044,9. Em relação às mortes, a média móvel foi de 692,3, uma redução de 2,58% na comparação com duas semanas atrás.

Dados confirmam a estabilidade da pandemia no país. O mesmo acontece com os casos, uma vez que todas as regiões estão com a curva de contaminação estável. Contudo, a maioria apresenta tendência de queda. O Sul tem a taxa mais acentuada: redução de 14,7%. Centro-Oeste (-5,6%) e Nordeste (-2,95%) aparecem em seguida. Norte (5,19%) e Sudeste (4%) apresentam leve alta. No Maranhão, a situação continua estável.

E a corrida para o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus se aproxima da reta final para muitos laboratórios em todo o mundo. Atualmente, 11 candidatas estão na fase 3 de estudos clínicos, que avalia a eficácia e a segurança do produto em milhares de pessoas. A divulgação de resultados preliminares desses testes - que já podem ser suficientes para aprovação de uso de emergência em muitos países - estão previstos para começar entre outubro e novembro. Fica a pergunta: quanto custarão as vacinas contra a Covid-19?

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