Editorial

Dia Mundial do Turismo e a pandemia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

Neste domingo, 27, é comemorado o Dia Mundial do Turismo, data que foi estabelecida oficialmente pela Organização Mundial do Turismo (OMT) na década de 1980. O momento, no entanto, não é de tanta celebração, tendo em vista que o segmento é um dos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus.

A estimativa da OIT era de que o deslocamento de turistas no mundo chegasse a 1,4 bilhão em 2020 e 1,8 bilhão em 2030. Pelo menos este ano, essa projeção não será confirmada, pois a atividade ainda tenta se recuperar do duro golpe provocado pela pandemia em todo o mundo.

Para se ter uma ideia desse impacto, o setor de turismo acumulou perdas da ordem de R$ 153,8 bilhões, no período de março a julho de 2020, de acordo com estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Grandes centros econômicos do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, sentiram os efeitos mais severos da pandemia. No Maranhão não foi diferente, pois o turismo de negócios e de lazer foi suspenso, por causa das medidas de isolamento social, causando prejuízos para toda a cadeia - rede hoteleira, bares e restaurantes, agências de viagens, empresas de eventos, enfim, uma situação calamitosa, que também resultou em demissões de trabalhadores.

Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), revela que para a maioria dos entrevistados serão necessários de quatro meses a um ano depois do fim da pandemia para retomar o mesmo desempenho dos anos anteriores.

Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), de 100 a 120 milhões de empregos diretos no turismo estão em risco. E a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) prevê uma perda de 1,5% a 2,8% do PIB global.

Além disso, nos primeiros cinco meses do ano, as chegadas de turistas internacionais no país diminuíram em mais da metade e foram perdidos cerca de US$ 320 bilhões em exportações neste setor.

No dia 8 de setembro, o Governo Federal publicou, na terça-feira (8), a Lei nº 14.051/20 que prevê o crédito de R$ 5 bilhões para auxiliar empreendimentos turísticos nesse momento de crise. O recurso, que é a maior liberação da história para o setor, é destinado aos prestadores de serviços turísticos cadastrados no Cadastur.

O dinheiro poderá ser utilizado para auxiliar em projetos, equipamentos e capital de giro. O objetivo é proporcionar condições de manter as empresas e os empregos que elas geram até o retorno das vendas.

Na sexta-feira, 25, encerrou-se o prazo para que Estados manifestassem ao Ministério do Turismo (MTur) o interesse em receber recursos financeiros para ações de fomento na retomada do turismo. As propostas poderão ser de até R$ 500 mil por Estado e devem estar calcadas em campanhas promocionais e publicitárias e/ou criação e produção de materiais promocionais; entretanto, a pasta estará aberta a outras solicitações além dessas.

A orientação do MTur é que, preferencialmente, os recursos sejam aplicados nos destinos que fazem parte do programa ‘Investe Turismo’, do Governo Federal, que ressalta 30 rotas turísticas e que abrange 158 municípios em todo o país.

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