SÃO LUÍS - Depois de um primeiro embate sem gols e sem emoções, Sampaio Corrêa e Moto Club deixaram um gosto de “quero mais” nos torcedores. Os próprios técnicos e jogadores reconhecem, ressaltando o cansaço após longas viagens das duas delegações, esse desempenho abaixo do esperado e prometem um espetáculo mais emocionante no segundo e decisivo reencontro, que vale o título do Campeonato Maranhense-2020. O próximo Superclássico desta decisão acontecerá no sábado (26), às 19h, novamente no estádio Castelão, e se o empate persistir a taça será decidida nas penalidades. Fato é, que, com pênaltis ou não, o que o público, mesmo longe do estádio, que ver é um jogo emocionante, digno de uma final entre os dois maiores campeões do estado.

Com duas expulsões e chances raríssimas de gols, apesar das várias tentativas dos setores ofensivos, Sampaio e Moto não mostraram a gana habitual de times, arquirrivais, que disputam um título. Esse desempenho também pode ser colocado na conta do cansaço, pois os dois times vinham de viagens desgastantes, o Tricolor foi ao Sul do país, para enfrentar o Avaí, e o Rubro-Negro precisou fazer um longo trajeto de ida e volta até o Norte, para enfrentar o Baré, em Roraima.

Sem tentar usar o desgaste dos atletas como desculpa, o técnico do Moto, Dejair Ferreira, chegou a ressaltar a vontade das equipes, mas, segundo ele, esse ímpeto foi superado pela “falta de pernas”. “São duas equipes que buscaram a vitória a todo o momento. Mas o cansaço prevaleceu e com isso a nossa equipe caiu de muito de rendimento no segundo tempo. Agora é um clássico. O Sampaio é um time muito que tem muita qualidade, muito bem organizado pelo Condé”, analisou.

Para este confronto da volta, Dejair tem o desfalque certo do zagueiro Ramon, expulso no primeiro jogo. Pitt, que vinha sendo aproveitado na equipe principal, é substituto natural. O restante da equipe deve ser a mesma.

“Não gostei” e defesa reserva

Assim como o técnico do Moto, o comandante do Sampaio também lembrou o desgaste dos times para justificar o jogo ruim, porém, ao contrário do colega, Léo Condé fez questão de deixar bem claro que não gostou o que viu do seu time.

“Esperávamos que nossa equipe pudesse produzir um pouco mais. Eu acho que hoje, muito em razão do desgaste das duas equipes, por conta das viagens que foram feitas e da correria que foram os jogos para os times no final de semana, atrapalhou um pouco o espetáculo do jogo”, disse.

Condé lamentou também a falta de poder de definição do Sampaio e pediu mais organização para o jogo de sábado. “Conseguimos ter um volume bom, só faltou um capricho maior na penúltima bola. Fico chateado com a expulsão do Daniel Felipe, mas o setor defensivo continuou reagindo bem. Nosso setor de meio, em termos de marcação foi bem, mas bem abaixo na produção. A linha de frente também não estava em um dia bom. Vamos avaliar o jogo e reorganizar para a partida de sábado”.

Para esse confronto decisivo Léo Condé terá sua dupla de defesa reserva. Como Joécio, que é titular, não está inscrito no Estadual, Boaventura está sendo o substituto ao lado Daniel Felipe, no entanto, Daniel Felipe foi expulso no primeiro clássico da decisão e Paulo Sérgio deve ser o titular no sábado (26). O restante do time tricolor deve ser o mesmo.

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