Editorial

445 mil desempregados em agosto

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

A pandemia causada pelo coronavírus continua gerando mais consequências negativas país afora. A mais recente delas, na área de geração de emprego, atinge centenas de milhares de trabalhadores em todo o país. Isto, segundo dados da mais recente pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a PNAD Covid-19. A pesquisa foi divulgada ontem pelo IBGE e traz dados desanimadores para a população, principalmente para os trabalhadores, que perderam seus empregos, desde que o instituto passou a pesquisar as consequências da pandemia no país.

No Maranhão, os dados também não são animadores. Somente no mês de agosto, o número de pessoas desocupadas no estado subiu para 445 mil, 47 mil pessoas a mais que em julho. Esse é o maior número registrado pelo IBGE desde maio, quando teve início a série histórica da pesquisa. A taxa de desocupação atingiu 18,1%, um aumento de 1,4 ponto percentual frente ao mês anterior (16,7%). Os estados do Maranhão e o estado da Bahia (também 18,1%) apresentaram a maior taxa de desocupação do país em agosto, segundo os números da pesquisa.

Esses números negativos são consequência, principalmente da crise que se abateu sobre o país, após o início da pandemia do coronavírus, quando milhares de empresas foram fechadas, provocando desemprego em massa em todo o Brasil. Quanto aos indivíduos que não estavam ocupados e que gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego por conta da pandemia, o Maranhão apresentou percentual de 41%, totalizando, em termos absolutos, 960 mil pessoas. Números menores que os registrados em julho: 42%, correspondendo a 1,046 milhão de pessoas.

A Proxy da Taxa de Informalidade (percentual de pessoas ocupadas como trabalhadores informais em relação ao total de pessoas ocupadas) foi de 52,3% em agosto no Maranhão. Em julho, a taxa foi de 51,7%. Já o rendimento médio real efetivamente recebido de todos os trabalhos foi de R$ 1.327,00 no mês de agosto. Valor maior que os R$ 1.295,00 apresentados em julho.

Ainda segundo a pesquisa do IBGE, 65,5% dos domicílios maranhenses receberam auxílio emergencial em agosto. Esse percentual foi o segundo mais elevado dentre as Unidades da Federação, menor apenas que o registrado no estado do Amapá (71,4%). Em julho, o percentual do Maranhão foi de 65,8%.

O auxílio emergencial foi uma medida tomada pelo governo federal, com o aval do Congresso Nacional, para minorar o sofrimento dos trabalhadores que perderam seus empregos nesse período. Os autônomos também são beneficiários do auxílio, que deverá se estender até o mês de dezembro, conforme decisão adotada pelo governo central, mas com redução pela metade do valor do auxílio, inicialmente estabelecido em R$ 600,00.

Em relação à saúde, a PNAD Covid-19 apontou que, em agosto, 458 mil pessoas (6,5% da população do estado) apresentaram pelo menos um dos sintomas investigados pela pesquisa, como febre, tosse e dor de garganta. O número é inferior ao estimado no mês anterior, quando 485 mil pessoas relaram ter algum dos sintomas. Quanto aos sintomas conjugados - perda de cheiro ou sabor; febre, tosse e dificuldade de respirar; e febre, tosse e dor no peito -, o Maranhão registrou queda, de 131 mil pessoas em julho, para 68 mil em agosto.

Das pessoas que apresentaram sintomas conjugados, 25 mil buscaram atendimento em estabelecimento de saúde como postos de saúde, pronto socorro, hospital do SUS ou privado. Já entre os que apresentaram sintomas isoladamente, 82 mil procuraram atendimento. Os resultados da pesquisa apontam também que 522 mil pessoas (7,4% da população) realizaram algum teste para diagnóstico da Covid-19 desde o início da pandemia até agosto de 2020 no Maranhão. Até julho, 433 mil pessoas haviam se submetido a teste.

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