Editorial

Desaceleração da epidemia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

Uma boa notícia fecha a semana: o número de casos registrados pela Covid-19 no Brasil caiu 30%, segundo o Ministério da Saúde. O número de óbitos também desacelerou e caiu 13%, de 5.741 para 5.007 notificações no mesmo período. A tendência de queda já ocorre há quatro semanas e é verificada em praticamente todas as regiões do Brasil.

Esse tipo de resultado é importante para guiar as políticas de saúde, pois revela a realidade sanitária de cada região. No Maranhão, a situação continua estável, embora a cada dia as medidas de segurança - como o uso de máscara - estejam sendo descartadas pela população. As aglomerações já fazem parte da vida das pessoas.

Neste momento em que praticamente todas as atividades comerciais no país estão sendo normalizadas, o percentual de brasileiros que apresentam anticorpos contra o novo coronavírus caiu de 3,8% em junho para 1,4% em agosto, segundo os dados mais recentes da pesquisa Epicovid-19 BR. Na avaliação, o resultado é um forte indício de que a epidemia está em desaceleração na maior parte do país.

Os resultados mais recentes revelam uma mudança na faixa etária dos infectados entre junho e agosto. Nos primeiros meses da pandemia, a soroprevalência foi maior entre pessoas de 20 a 50 anos, justamente aquelas em idade produtiva e que tiveram mais dificuldade para aderir ao isolamento social.

Agora, o percentual diminuiu nesse grupo e aumentou entre crianças e idosos. Do ponto de vista socioeconômico, a tendência se manteve estável em todas as fases da pesquisa: pessoas cujas famílias se encontram entre as 20% mais pobres da população apresentam prevalência mais de duas vezes superior à observada entre os 20% mais ricos.

Estudos mostram que os novos testes rápidos de antígenos para detecção do coronavírus têm potencial para facilitar a retomada da economia, a volta às aulas e ajudar a conter a progressão da pandemia. Eles identificam proteínas do próprio Sars-CoV-2 em minutos e são uma alternativa ao mais demorado e custoso RT-PCR, o padrão ouro para detectar a infecção.

Enquanto isso, a empresa norte-americana Moderna, com sede em Massachusetts, espera ter resultados sobre a eficácia de sua vacina contra a Covid-19 até novembro. O CEO da companhia, Stéphane Bancel, afirmou que no "melhor caso" isso pode acontecer em outubro. Segundo ele, os dados dependem da taxa de infecções nos Estados Unidos. O laboratório farmacêutico Pfizer pretende receber sinal verde para seu imunizante também até novembro, segundo o CEO da subsidiária brasileira da empresa, Carlos Murillo. Recentemente, a companhia informou que os efeitos colaterais de seu medicamento foram leves e moderados nos primeiros testes da fase 3.

Monitoramento diário da Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos, mostrou que o mundo já superou a marca dos 30 milhões de casos de Covid-19. Os países com mais notificações de pessoas doentes desde o início da pandemia são os Estados Unidos, a Índia e o Brasil. Na sequência vêm a Rússia e o Peru.

E neste sábado e domingo, a orla marítima de São Luís deverá receber um grande público, lotando bares e restaurantes e praticando atividades esportivas. Mesmo poluídas, as praias são a melhor opção de lazer e muitas pessoas até se aventuram a um banho de mar, sujeitas a contraírem doenças. Um bom final de semana.

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