Madri - O governo regional da capital espanhola Madri determinou um isolamento em algumas áreas mais pobres da cidade e seus arredores que abrigam cerca de 850 mil pessoas depois de uma disparada de infecções de coronavírus.
A líder regional Isabel Diaz Ayuso disse nesta sexta-feira que a circulação entre e dentro das áreas de seis distritos muito afetados será restringida, mas que as pessoas não serão impedidas de ir trabalhar na região mais duramente atingida da Espanha.
O país tem 620 mil casos de coronavírus, o maior número da Europa Ocidental.
Os moradores dos distritos mais pobres de Madri disseram na manhã desta sexta-feira que se sentem abandonados e estigmatizados e que temem que novas restrições os privem de sua fontes de renda.
Ayuso, que foi criticada por dizer nesta semana que “o estilo de vida dos imigrantes” tem parte da culpa pela disparada de casos, disse que as áreas foram escolhidas porque os níveis de contágio ali excederam 1.000 para cada 100 mil pessoas.
“Precisamos evitar o lockdown, precisamos evitar o desastre econômico”, disse Ayuso em uma coletiva de imprensa.
“Não achamos que é hora de restringir todos os cidadãos, mas de aplicar medidas em áreas que identificamos perfeitamente.”
O acesso a parques e áreas públicas será restringido, as reuniões serão limitadas a seis pessoas e os estabelecimentos comerciais terão que fechar até as 22h nestas áreas.
A desproporção entre áreas mais pobres e mais ricas está no cerne de um debate tenso na Espanha sobre como conter o aumento de novos casos de coronavírus.
Segunda onda
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que é inevitável o país ter uma segunda onda de coronavírus e que, embora não queira um segundo isolamento nacional, o governo pode ter que impor novas restrições.
Há rumores de que o Reino Unido cogita adotar um novo isolamento em todo o país, já que os casos novos de Covid-19 quase dobraram para 6 mil por dia, as internações aumentaram e as taxas de infecção dispararam em partes do norte da Inglaterra e em Londres.
“Agora estamos vendo uma segunda onda chegar.. temo que será absolutamente inevitável a vermos neste país”, disse.
O aumento acentuado de casos britânicos significa que o governo precisa continuar sendo vigilante em tudo, e ele não descartou a adoção de medidas adicionais.
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