Gaeco

Líder do governo na Câmara é alvo de operação no Paraná

Ricardo Barros está no sexto mandado na Câmara e se declarou tranquilo com as investigações

Rodrigo Viga Gaier, Eduardo Simões/ Reuters Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Gaeco cumpre mandado em escritório do deputado Ricardo Barros
Gaeco cumpre mandado em escritório do deputado Ricardo Barros (Operação Gaeco)

SÃO PAULO- O líder do governo do presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), foi alvo nesta quarta-feira de uma operação do Ministério Público estadual do Paraná que apura crimes de lavagem de dinheiro e corrupção para facilitar negócios no ramo de energia eólica, disseram à Reuters três fontes com conhecimento do assunto.

A operação foi confirmada em nota pelo MP paranaense, mas o órgão não cita os nomes dos investigados. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Curitiba, Maringá, Paiçandu e São Paulo, informou o MP.

Uma das fontes disse que todos os mandados foram cumpridos em endereços ligados ao líder do governo e que a operação se refere a crimes que teriam sido cometidos no período em que Barros foi secretário de Indústria e Comércio do Paraná.

“As ordens judiciais, expedidas pela 12ª Vara Criminal da capital paranaense, estão sendo cumpridas num escritório de contabilidade e em outros três endereços comerciais (onde funcionam quatro empresas), além de quatro residências”, disse o MP na nota.

“A investigação no Ministério Público do Paraná foi iniciada a partir da remessa de peças por parte do Supremo Tribunal Federal, em novembro de 2019, decorrentes de colaboração premiada feita no âmbito da operação Lava Jato. A apuração refere-se a fatos ocorridos entre o final de 2011 e o ano de 2014.”

Barros se tornou líder do governo em agosto, após negociações de Bolsonaro com partidos do centrão para a formação de uma base de apoio no Congresso.

Em nota, Ricardo Barros, que está no sexto mandato na Câmara e já foi prefeito de Maringá, disse que está tranquilo e em total colaboração com as investigações. O parlamentar reafirmou ter a sua conduta ilibada e informou que solicitou acesso aos autos do processo para poder prestar mais esclarecimentos à sociedade e iniciar sua defesa.

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