Vacina de Oxford

Vacina testada no Brasil é suspensa temporariamente

Especialistas afirmam que suspensão de testes não é motivo para pânico, mas deve atrasar cronograma da vacina de Oxford

Com informações do O Globo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
(vacina)

Rio de Janeiro - Foi confirmado nesta última terça-feira (8) a suspensão da testagem da vacina de Oxford temporariamente. A decisão da interrupção dos estudos foi anunciada nesta terça-feira pelo laboratório AstraZeca, que comunicou que um dos voluntários apresentou uma reação adversa ao imunizante. Segundo o jornal "New York Times", essa reação teria sido uma mielite transversa, um tipo de inflamação na medula espinhal. Portanto, a farmacêutica britânica optou por interromper temporariamente os testes em humanos, que já estavam na fase 3, a última antes da aprovação.

Os testes no Brasil também foram paralisados, informou a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que conduz os estudos no país ao lado do Instituto D'Or. Não foi registrado nenhume efeito adverso grave em voluntários brasileiros.

Contudo, especialistas afirmam que suspensão dos testes da vacina de Oxford que está sendo testada no Brasil não é motivo para pânico. Muito pelo contrário, explicam especialistas: é uma situação normal, esperada e dá segurança de que as etapas da pesquisa não estão sendo puladas. Contudo, um possível efeito colateral poderá causar atraso no cronograma.

"Em situações como estas o ensaio é interrompido, ou seja, não se recruta mais ninguém até se resolver a investigação. Quem já está participando continua sendo acompanhado normalmente. O que isso pode causar é um atraso no término da pesquisa. A expectativa era que a vacina ficasse pronta até o fim do ano, e agora talvez demore mais do que isso. Mas essa situação é normal na fase 3. Por isso que sempre falamos que não dá para prever quanto tempo uma fase 3 pode durar, porque sabemos que essas coisas podem acontecer no meio do caminho", informou a a microbiologista da USP Natalia Pasternak.

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