Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

Pantanal e remake em 2021

A TV Globo anunciou no último domingo que vai lançar em 2021 o remake da telenovela Pantanal, exibida originalmente há 30 anos na extinta TV Manchete. A trama, originalmente escrita por Benedito Ruy Barbosa, será adaptada por Bruno Luperi, neto de Benedito, que tinha apenas dois anos quando a novela estreou. Luperi traz na bagagem a experiência de ter escrito “Velho Chico” com o avô.

NA ALEGRE noite de sábado passado no bistrô Alameda Trinta, o cardiologista José Benedito Buhatem e Ana Elvira, que estão esperando a chegada de três netos, já em adiantada gestação, são vistos com o médico anestesista e oftalmologista Dr. Cícero Evandro Soares Silva (coordenador do serviço de Anestesia do Hospital São Domingos) e sua esposa, Camila Mendes Soares Silva (prima de Ana Elvira), administradora da clínica da família
NA ALEGRE noite de sábado passado no bistrô Alameda Trinta, o cardiologista José Benedito Buhatem e Ana Elvira, que estão esperando a chegada de três netos, já em adiantada gestação, são vistos com o médico anestesista e oftalmologista Dr. Cícero Evandro Soares Silva (coordenador do serviço de Anestesia do Hospital São Domingos) e sua esposa, Camila Mendes Soares Silva (prima de Ana Elvira), administradora da clínica da família

Velho normal
Parece que o velho normal voltou. Teremos nova onda?
Pelo que se viu no feriadão nos quatro cantos do Brasil e aqui em São Luís também, o povo passa a sensação de que o pior já passou e o velho normal voltou, até porque, com a vida fluindo como se viu nos últimos 15 dias, os números ruins estão caindo.
Quem vai nos dizer como interpretar melhor o momento é o cardiologista José Benedito Buhatem:
– De fato o pior já passou, mas não se pode abrir mão das medidas fundamentais que nos trouxeram até aqui, incluindo higiene das mãos, distanciamento social e uso de máscara. De outra forma, a segunda onda será um tsunami.
No feriadão, todas essas regras foram quebradas em boa escala. Será o melhor dos testes para saber o rumo do futuro.

Cavando abismos
A verdade precisa ser reposta. Há muitos jeitos de amar a pátria. A bandeira do Brasil é abraço, e não parede. Pode inspirar também riso e rebeldia, e não apenas um respeito que parece medo.
A bandeira representa muito mais do que impõe. Diante dela, é legítimo e belo bater continência. Mas também é gritar contra os governos, dançar chula ou distorcer o hino num solo de guitarra.
Aliás, nunca vi uma Semana da Pátria tão fosca. Tem a pandemia e, em alguns lugares, a chuva, mas não é só isso. Há no ar um sentimento de que o verde e o amarelo representam apenas um lado, também culpa de quem, por anos, desprezou as nossas cores e os nossos símbolos. E assim vamos cavando abismos, enquanto acreditamos erguer fortalezas.

Tudo igual
A informação de que o governo federal orientou os Estados americanos a que estejam preparados para iniciar a vacinação da população contra o coronavírus no final de outubro ou início de novembro indica que, assim como China e Rússia, os Estados Unidos também podem atropelar protocolos científicos para ter uma imunização rápida, correndo o risco de colocar a política à frente da segurança.
Nenhuma vacina no mundo até agora passou em todos as fases de pesquisa que garantam sua eficácia e segurança, embora pelo menos nove produtos estejam na última etapa – a que prevê ensaios em milhares de pessoas.
No caso americano, tudo indica que o governo esteja contando com as substâncias desenvolvidas por Pfizer e Moderna, mas, além dessas, a Casa Branca já reservou milhões de doses da Johnson & Johnson, da AstraZeneca, da Novavax e da Sanofi.
Ao apressar e por vezes atropelar protocolos, os EUA se igualam a China e Rússia.

Greve dos Correios
Quem espera por alguma encomenda pelos Correios, como vinha sendo um trâmite comum neste período de pandemia, precisa exercitar a paciência por mais alguns dias, conforme anunciado pelas lideranças da greve da federação nacional dos trabalhadores.
De acordo com o calendário anunciado pelos organizadores do movimento, foi ontem o dia de piquete de convencimento nos setores ainda em funcionamento, apesar de a categoria ter decidido pela paralisação em assembleias virtuais.
Estava previsto também para ontem um ato nacional unificado, em ambiente digital, por videoconferência, envolvendo os principais dirigentes regionais dos Correios, desapontados com supostas ofensivas do governo federal.

TRIVIAL VARIADO

Poupados e premiados na reforma da Previdência, os militares não só escaparam dos pontos espinhosos da reforma administrativa como acabaram contemplados com privilégios para ocupar cargos civis. No governo do capitão Jair Bolsonaro, a farda faz diferença na hora de distribuir sacrifícios.

É do deputado Adriano Sarney, candidato a prefeito de São Luís, a mais bonita e poética mensagem de amor à cidade pelo transcurso dos seus 408 anos de fundação. Belíssima produção, sem dúvida.

O governo Bolsonaro se tornou refém do auxílio emergencial. Se acabar com ele, o país corre o risco de mergulhar no caos. Se mantiver, também.

O ano de 2020 será um tsunami no setor hoteleiro. Já são diversos fechamentos, volume ampliado por pequenas pousadas familiares. Mas muitos hotéis maiores estão sendo vendidos para grupos que, inclusive, nem atuam no Maranhão ainda e pretendem manter a operação.

Tome nota: sem a reforma tributária ou a prorrogação da vigência das alíquotas maiores de ICMS, há quem projete que boa parte dos municípios do Estado, que já sofre com a crise provocada pelo coronavírus, terá sérias dificuldades para quitar a folha de pagamento a partir de 2021.

O Papa Francisco, com as boas intenções dos puros de coração, apelou: “Por favor, irmãs e irmãos, vamos deixar de fazer fofoca”. Dizem numa rede de católicos de Salvador que, se ele conseguir pelo menos baixar os níveis da fofoca, é canonização certa. O mal é crônico.

Daniel Blume levou a esposa, os filhos e os três irmãos para jantar segunda-feira no restaurante Cabana do Sol. Embora considere um páreo duro a disputa com José Jorge Leite Soares para ocupar a cadeira vaga na AML com a morte de Milson Coutinho, garante que está trabalhando para vencer.

Quem espera por alguma encomenda pelos Correios, como vinha sendo um trâmite comum neste período de pandemia, precisa exercitar a paciência por mais alguns dias, conforme anunciado pelas lideranças da greve da federação nacional dos trabalhadores.

Ao longo desta semana, a cerveja Magnífica vai movimentar suas redes sociais para envolver os seguidores e fãs para celebrar, homenagear e expressar o amor por São Luís.

No assunto: as comemorações começaram no sábado, Dia do Regueiro, com o lançamento do clipe da banda Raiz Tribal cantando a nova versão da música Ilha Magnética.

Em tempo: a releitura na versão reggae contou com a participação do compositor César Nascimento e mostra cenas do cotidiano de quem vive em São Luís, suas ruas, a conexão com o reggae, as belezas da arquitetura local.

DE RELANCE

O erro assumido de FHC
Faço coro com Tulio Milman quando deixa no ar a pergunta: Para que serve um mea-culpa? Foi a propósito da autocrítica feita por Fernando Henrique Cardoso do esforço pela reeleição, concluindo, 23 anos depois, que foi um erro. Na época, houve denúncias de compras de votos e de outras baixarias para garantir que FHC mudasse a regra e, com o apoio de um Congresso altamente simpático a ele, conseguisse disputar uma segunda eleição consecutiva, que acabou dando ao então presidente oito anos de poder.

O valor da declaração
O maior valor dessa declaração está no que ela pode nos ensinar. A perspectiva histórica e o tempo vão sempre mudando o contorno dos fatos e, com isso, nos oferecem a chance de aprender. Nesse caso, há pelo menos três lições fundamentais, segundo Milman: 1. Quando se mexe na lei e na Constituição, decisões que só levam em conta o curto prazo têm muito mais chances de estarem erradas; 2. Vale o mesmo para os julgamentos de temas constitucionais no âmbito do Judiciário; 3. Um mea-culpa não muda o passado e só tem valor se servir ao futuro.

Sinceridade no Piauí
Esta vai para o folclore político brasileiro: durante a convenção do MDB de Cocal, no Piauí, um ex-prefeito da cidade afirmou, em discurso, que roubou menos do que o sucessor. A frase foi recebida com risos e aplausos. “Não é que Cocal seja o fim do mundo, mas com essa administração todos padecem”, afirmou José Maria Monção, que encarna o tipo “rouba mas faz”. Monção, que já foi preso por desvio de verbas públicas, acusa o atual prefeito Rubens Vieira de ser dono da maior mansão da cidade de Cocal.

Deslocamento vertical
Com a pandemia, o medo de entrar em elevadores ganhou novas dimensões. Preocupado consigo e com os outros, o engenheiro indiano Bhavin Ahir, fundador da TechMax Solution, criou um painel de sensores acoplado aos botões já existentes. Basta aproximar o dedo entre 10 e 15 milímetros e o sistema, utilizando luz infravermelha, registra o comando e se desloca ao andar escolhido. Estudos anteriores à covid-19 confirmam que os indicadores de andares estão entre as superfícies mais sujas de um edifício.

Abre e fecha
A reabertura das escolas no Maranhão tem grande chance de transformar em problema o que seria uma solução. Primeiro porque a maioria dos pais, de acordo com pesquisa recente, não se sente segura para enviar os filhos à aula antes da chegada de uma vacina contra covid-19. Depois, porque os estabelecimentos de ensino terão de investir em insumos e em pessoas para voltarem a funcionar, sem nenhuma garantia de que poderão ficar abertos muito tempo. Aliás, fora do grupo de risco, o coronavírus não é mais perigoso para professores do que para os profissionais de saúde, atendentes de farmácia e supermercados, que estão trabalhando desde o início da pandemia.

Máquina emperrada
O que acontece lá, em geral, rebota aqui. Então, lá vai. Pesquisa feita nos EUA pelo Pew Research revelou que 67% dos norte-americanos defendem a necessidade de mudanças significativas no desenho e na estrutura do governo de seu país. A resposta nada tem a ver com a figura do presidente, mas sim sobre o modelo responsável pela prestação de serviços em troca dos impostos pagos pelos cidadãos, considerado pela maioria incapaz de cumprir com as suas funções.

Sabor do vento
Um dos países mais populosos do planeta está por um fio. Na Índia do elegante bilionário Ratan Tata, a venda de pipas experimenta um salto histórico, quando centenas de milhões de pessoas precisam ficar em casa. Um dos maiores distribuidores de Nova Délhi revelou à BBC: “O período entre abril e agosto costuma ser o mais magro de vendas, mas neste ano eu vendi 500 mil unidades durante esses meses”, comemora.

Na ponta do lápis
A queda do PIB, amplamente divulgada durante a semana passada, diz pouco por si só. O maior problema do Brasil é a má distribuição de renda. Não é uma questão ideológica, mas econômica e humana. A dificuldade para estabelecer políticas de educação durante a pandemia, diante do abismo entre escolas públicas e privadas, é só uma pequena amostra do preço gigantesco que pagamos pela desigualdade.

Para escrever na pedra:
“Toda grande vitória é anterior a si mesma”. De Nélson Rodrigues (1912-1980).

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