O período pré-eleitoral em São Luís está com uma característica bem diferente dos pleitos anteriores. O normal é que os postulantes a prefeito da capital
concentrem suas propostas em ideias que possam contrapor a gestão que vinda. No normal, em São Luís, é o prefeito virar alvo.
Mas em 2020, esta característica parece ter sido retirada. E dois motivos devem justificar: o primeiro é a quantidade de candidatos do Palácio dos Leões que estão na disputa (são seis ao todo). Isso reduz consideravelmente as críticas ao prefeito Edivaldo Júnior (PDT), que é aliado do governador Flávio Dino
(PCdoB) e, logo, aliado dos palacianos que querem chegar à Prefeitura da capital.
E entre os governistas há sempre a busca pelo apoio de Edivaldo Júnior, que até o momento se mantém calado sobre quem será o seu candidato a prefeito.
Mas, críticas não chegam somente dos aliados. Os adversários também não têm concentrado fogo na gestão de São Luís.
O segundo motivo para a redução das críticas a Edivaldo Júnior é o volume de obras que a gestão tem dado andamento com o programa “São Luís em Obras”. Asfalto, pavimentação, drenagem, praças, parques, escolas e feiras nos mais diversos bairros da capital estão finalmente chegando.
Com o trabalho da administração municipal, fica complicado para qualquer pré-candidatos – até a vereador – chegar nas comunidades fazendo promessas e apontando erros da atual gestão.
Herança
A única declaração sobre a próxima gestão o prefeito deu à coluna. Segundo ele, o seu sucessor encontrará uma São Luís estruturada para avançar no desenvolvimento.
“Não tenho dúvidas de que o próximo gestor encontrará uma cidade pronta para impulsionar seu desenvolvimento social e econômico. São Luís está mais organizada, moderna e com um nível de infraestrutura urbana inédito”, disse.
Ainda segundo o prefeito, a área social também está organizada. “Estamos deixando todas as políticas públicas, da área social à limpeza urbana, passando pela saúde, educação e outras, no ponto de serem ampliadas”, afirmou.
Internado
O pré-candidato do Solidariedade à Prefeitura de São Luís, ex-juiz federal José Carlos Madeira, está internado desde a manhã de ontem.
Ele está com sintomas de febre e dores no corpo. Madeira segue em observação médica, com quadro estável.
O pré-candidato já foi submetido a teste de Covid-19 e testou positivo para o novo coronavírus.
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Hoje o pré-candidato a prefeito Duarte Júnior (Republicanos) vai anunciar seu vice. Pelas características dadas em redes sociais, o nome deverá ser Fabiana Vilar.
Ela é advogada e foi secretária de Agricultura do governo de Flávio Dino. Este ponto, por sinal, deve ter sido um dos pesos para que Duarte optasse por Vilar.
Além disto, Fabiana Vilar é aliada de primeira linha do deputado Josimar de Maranhãozinho e também é do PL, partido que tem a garantia de indicar o vice.
Reunião
A reunião do DEM com os partidos aliados para definição do nome do vice do pré-candidato da legenda, Neto Evangelista, ainda não tem data definida.
Faltando quatro dias para a convenção do Democrata, a previsão é de que a tal reunião aconteça até a sexta-feira, 11, um dia antes da convenção.
O fato é que o espaço de vice está mais próximo do PDT – se alguma vez se distanciou e fato – que do PSL e PTB. MDB já abriu mão de brigar por este espaço.
À espera...
E sobre definições de chapas, o PCdoB de Rubens Júnior ainda espera o PT de São Luís bater o martelo pela aliança das duas legendas.
Há mais uma previsão para que os petistas oficializem o apoio ao comunista: na quinta-feira, 10.
Questões nacionais entre PT e PCdoB são o que estão impedindo que os petistas da capital corram para fechar a aliança com Rubens Júnior.
DE OLHO
9 dias é o tempo que falta para findar o prazo para realização das convenções partidárias. Em São Luís, a maioria dos pré-candidatos a prefeito ainda não
fez seus encontros
Recurso
Ainda inconformado por não poder ser candidato a prefeito de São Luís, o deputado Wellington do Curso ainda tenta reverter a decisão que lhe tirou o PSDB.
Wellington recorreu à direção nacional do PSDB contra decisão da direção municipal de apoiar a candidatura de Eduardo Braide (Podemos).
O tucano, no recurso, usa pontos do estatuto da legenda relacionados às eleições majoritárias.
E MAIS
• O problema é que, segundo Roberto Rocha Jr., presidente municipal do PSDB, a decisão local tem aval total da direção nacional.
• Este é mais um movimento de Wellington do Curso para manter viva ainda suposta influência que seria importante para outros pré-candidatos com
uma possível transferência de votos.
• Uma semana depois da revelação de assinaturas milionária da revista Carta Capital pelo governo estadual, Flávio Dino se mantém em silêncio sobre o assunto.
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