Violência

Maranhão registra 43 feminicídios este ano, na capital e no interior

Crime mais recente ocorreu dia 5, em Barra do Corda, onde um homem inconformado com o fim do relacionamento matou a ex-companheira

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Agenor é acusado de assassinar a ex-companheira, Jú; crime chocou a comunidade de Barra do Corda
Agenor é acusado de assassinar a ex-companheira, Jú; crime chocou a comunidade de Barra do Corda (feminicídio recente)

Quarenta e três feminicídios já ocorreram neste ano no Maranhão e sendo que quatro casos foram registrados em um intervalo de uma semana. A ocorrência mais recente desse tipo de crime foi na noite de sábado, 5, no povoado São José do Mearim, zona rural de Barra do Corda, e teve como vítima, uma mulher identificada como Jú.

Os populares ainda ontem estavam chocados devido a esse ato bárbaro. A polícia informou Jú e um homem, identificado como Agenor, estavam separados e frequentemente chegavam a discutir. Ele não aceitava o fim do relacionamento.

Na noite do último dia 5, Agenor marcou um encontro com a vítima e chegaram a discutir mais uma vez. Durante a briga, segundo a polícia, ele desferiu mais de 15 facadas na ex-companheira e, logo após, tomou rumo ignorado.

Os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) quando chegaram ao local encontraram a vítima sem vida e o corpo dela removido para o hospital da cidade. O caso está sendo investigado pela equipe da Delegacia Regional de Barra do Corda e ainda ontem não tinha registro de prisão.

Outros casos

A Polícia Civil também está investigando o caso de feminicídio, que ocorreu durante o último dia 31, na cidade de Amapá do Maranhão. Segundo a polícia, a vítima, que estava gestante, foi morta a golpes de facão e o principal acusado é o companheiro dela, identificado como Jota, que ainda não foi preso.

A delegada Lícia Juliane, da Delegacia Regional de Zé Doca, os populares disseram aos policiais militares que Jota durante a madrugada de segunda-feira, 31, estava tentando violentar sexualmente a própria enteada, que menor de idade, mas, acabou sendo impedido pela mãe da criança.

A menor de idade foi levada para a residência da avó materna, localizada nessa cidade. A delegada contou também que a mãe da criança acabou sendo abordada pelo Jota antes de fazer a denúncia para a Polícia Militar. Ela levou vários golpes de facão, inclusive, nas pernas, nas mãos e no pescoço. Os socorristas do Samu foram acionados, mas encontraram a vítima sem vida e foi levada para o hospital do município.

No dia 30 do mês passado, na cidade de Imperatriz, de acordo com a polícia, Alan Patrick de Oliveira Soares matou a tiros a ex-companheira, Gleyciane da Mota Bandeira; e a ex-cunhada, Dayane, e depois recorreu ao suicídio. Ele estava inconformado com o fim do relacionamento. No domingo, 30, ele invadiu a residência da ex-companheira, localizada no bairro Novo Horizonte, e assassinou as duas irmãs, e logo após efetuou um tiro na cabeça.

Ainda segundo a polícia, foi solicitado ao Poder Judiciário a medida protetiva em favor da ex-companheira do suspeito. Mas, no dia 27 de maio deste ano, a vítima, por meio da Defensoria Pública, pediu a retirada da proteção judicial e, no dia 27 de junho, o processo acabou sendo extinto e ela deixou ser acompanhada pela patrulha Maria da Penha da Polícia Militar.

O outro caso ocorreu na tarde do último dia 29, no povoado Bom Jesus, na zona rural de Santa Luzia do Paruá, e teve como vítima Marilene dos Santos Lopes. A polícia informou que o ex-companheiro dela, identificado como José Antônio Silva Neto, é suspeito de ter cometido esse ato criminoso e ainda tentou se matar devido não aceitar o fim da relação amorosa. Ainda ontem, ele estava internado no hospital, em Governador Nunes Freire.

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