Pesquisa

6,5% da população do Maranhão tinha plano de saúde em 2019

Essa é a menor proporção do Brasil, segundo o IBGE, que divulgou na sexta-feira (4) os primeiros resultados da Pesquisa Nacional de Saúde

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
(Médicos preferem atuar em capitais, comprometendo o atendimento em municípios)

SÃO LUÍS - O Maranhão apresentava, em 2019, a menor proporção do Brasil de pessoas com algum plano de saúde médico ou odontológico: 6,5% da população do estado. É o que aponta a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, divulgada hoje (4) pelo IBGE. A pesquisa, que é realizada em convênio com o Ministério da Saúde, contempla, neste primeiro volume, informações sobre domicílios e acesso e utilização dos serviços de saúde.

Considerando apenas as pessoas com algum plano de saúde médico, a proporção do Maranhão era de 5% em 2019. Já avaliando somente as pessoas com plano de saúde odontológico, a proporção do estado era ainda menor: 3,5%. Nas duas análises, o percentual do Maranhão era o menor dentre as 27 Unidades da Federação (UFs).

Quanto à procura por atendimento médico, a pesquisa revelou que, em 2019, 67,3% dos maranhenses haviam consultado médico nos últimos 12 meses. Esse percentual para Brasil era de 76,2%. 12,2% da população do Maranhão havia consultado médico nas duas últimas semanas e, desses, 76,8% conseguiram atendimento na primeira tentativa.

Já a proporção de pessoas internadas em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), no total de internados no Maranhão era a maior do país – 89,2%. O percentual para Brasil era de 64,6%.

A PNS 2019 também forneceu dados sobre a utilização dos serviços das Unidades de Saúde da Família, que fazem parte da Estratégia Saúde da Família implantada pelo Ministério da Saúde e que fornecem atendimento médico básico. No Maranhão, 65,8% dos domicílios estavam cadastrados em Unidade de Saúde da Família e 64,3% dos domicílios receberam visita de agente de endemias. Para Brasil, essas proporções eram de 60% e 64,3% respectivamente.

Maranhão apresentava densidade domiciliar de 3,3 em 2019

Em 2019, a PNS estimou a existência de 2,112 milhões de domicílios no Maranhão. A densidade domiciliar (número médio de moradores por domicílio) no estado era de 3,3 moradores. Brasil possuía densidade domiciliar de 2,9 moradores e um total de 73,3 milhões de domicílios. O estado do Amapá apresentada a maior densidade domiciliar, 3,9 moradores, enquanto Rio Grande do Sul apresentava a menor, 2,6 moradores.

De acordo com a pesquisa, no Maranhão, 86,7% dos domicílios tinham água encanada. O percentual do estado era o mais baixo do país. A título de comparação, o percentual geral do Brasil era de 96,7%. Quanto à existência de banheiro exclusivo com esgotamento sanitário, 16,3% dos domicílios maranhenses contavam com esse recurso.

Quanto à coleta de lixo, o Maranhão também aparece em último lugar no ranking dos estados. 69,6% dos domicílios maranhenses tinham coleta de lixo direta ou por caçamba em 2019. 91,4% era a proporção para Brasil.

Sobre a presença de animais domésticos nos lares maranhenses, em 2019, 42,8% dos domicílios tinham algum cachorro e 31,5% tinham algum gato. Para Brasil, os percentuais eram de 46,1% e 19,3% respectivamente. No Maranhão, em 61,4% dos domicílios com cachorro e gato, esses animais foram vacinados em 2019. A proporção para Brasil era de 72%.

João Ricardo Silva, analista do IBGE, destacou a relevância dos dados obtidos por meio da PNS 2019: “Com essa base de dados, IBGE e Ministério da Saúde ampliam, consideravelmente, o conhecimento sobre as características de saúde da população brasileira. Esses resultados serão importantes para que as instâncias executivas e legislativas, os profissionais e pesquisadores, os Conselhos de Saúde e os demais agentes interessados no setor passem a contar com um amplo conjunto de informações que lhes ajudarão não só na formulação, como também no acompanhamento e na avaliação das políticas relacionadas à saúde”, disse.

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