Levantamento

Consumo de produtos hortícolas aumentou durante a pandemia no Maranhão

De acordo com o levantamento da Conab, na segunda quinzena de maio, aumentou a demanda do consumidor maranhense por itens de produção local, como melancia, pimentão e abóbora

Ribamar Cunha

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
(hortifrut )

São Luís - Estudo elaborado pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), a partir de levantamentos efetuados nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) e pelas Superintendências Regionais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mostra o impacto da pandemia do novo coronavírus no setor hortigranjeiro do país, entre os meses de março e maio deste ano. No Maranhão, em especial, apesar das medidas de isolamento social, houve aumento da comercialização no segmento de hortícolas.

De acordo com o levantamento da Conab, na segunda quinzena de maio, aumentou a demanda do consumidor maranhense por itens de produção local, como melancia, pimentão e abóbora, mas também por produtos originários de outros estados, como Ceará, Bahia, Minas Gerais, Goiás e São Paulo.

Na maior parte da região Nordeste, as feiras voltaram a funcionar a partir de maio, tendo sido suspensas em Sergipe, na Paraíba e na Bahia, no início da pandemia. Já as feiras da agricultura familiar e de bairro estiveram interrompidas no Maranhão até junho 2020.

Como nas demais regiões do país, novos mecanismos de escoamento ganharam impulso. É o caso da Nova Ceasa (PI), em Teresina, que registrou aumento expressivo de tele-entregas. A mesma dinâmica foi adotada pela Cohortifruti, em São Luís (MA). Ainda no Maranhão, a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) desenvolveu uma plataforma de vendas que já conta com grande número de produtores cadastrados.

O varejo estabelecido nas capitais, como Fortaleza (CE), Natal (RN), João Pessoa (PB), Recife (PE) e Maceió (AL), liderou a nova forma de comercialização, o que não foi suficiente, contudo, para sustentar o nível de demanda da produção de hortigranjeiros na região.

Com a perspectiva da colheita do milho e a suspensão das festas juninas, incluindo as festas de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB), que têm grande expressão na região, houve retração desse mercado, com reflexo negativo para os produtores.

Tal qual ocorreu em outras regiões, produtores pequenos, mais distantes dos centros urbanos e com menor estrutura ou volume que compense custos com deslocamento, foram mais impactados. Para não perderem a produção, vendem para atravessadores, os quais também estão comprando menos, em virtude da dificuldade de escoar e comercializar, ainda que porta a porta.

Mais

Consumidor final

Um comparativo feito no período dos cinco primeiros meses do ano mostrou que a comercialização total de hortaliças nas Ceasas caiu apenas 3% em relação ao mesmo período de 2018 e de 2019. Segundo o estudo, os diferentes segmentos do grupo das hortaliças foram influenciados de maneira pontual e diferenciada pela pandemia.

Se por um lado a venda destes produtos caiu em razão do fechamento de bares e restaurantes, interrupção das atividades nas unidades de ensino e paralisação das feiras livres, por outro o consumo direto deles pelas famílias aumentou. Ou seja, houve um aumento nas compras nos mercados que servem direto ao consumidor final.

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