São Luís - O site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br) é palco para nova série do Festival Arte como Respiro – Edição Cênicas, com apresentações de mais 16 espetáculos contemplados no edital de emergência lançado pela instituição. E, para fechar a programação, o grupo maranhense Xama Teatro se apresenta neste domingo (6), às 20h, último dia do evento, o espetáculo “A carroça é nossa”, uma criação coletiva, originária de 2005.
O texto atual, escrito em 2012, após oito anos de experimentação com roteiros improvisados, foi organizado a partir das etapas de apresentação das toadas do bumba meu boi, no Maranhão. Nessa obra teatral, quatro personagens, Pedoca (Lauande Aires), Cecé (Renata Figueiredo), Toinha (Gisele Vasconcelos) e Joaninha (Cris Campos), partem em uma jornada em busca do animal para puxar uma carroça mágica até os seus sonhos. Durante a busca, percebem que precisam desvendar um enigma.
Neste dia, a programação inicia às 15h. Os amazonenses do Coletivo Experimental de Teatralidades abrem a sessão com “Lá vem o Rio”, espetáculo que fala da relação entre a garça e a capivara. Ambientada nas águas dos rios Negro e Solimões, a história faz uma alusão aos tempos de covid-19, em que parte da população resiste em fazer o distanciamento social na pandemia e insiste em práticas ruins, como a poluição do meio ambiente.
“O Barquinho Amarelo”, dos catarinenses da Associação Eranos - Círculo de Arte, por sua vez, faz uma ponte entre gerações, apresentando brincadeiras, imagens e sonoridades da infância no interior, a partir do universo imaginativo. O espetáculo é baseado no livro homônimo de Iêda Dias da Silva, referência na alfabetização em escolas públicas no Brasil, nas décadas de 1970 a 1990.
A sessão adulta abre com o quadro de dança “Mestre Mauricio Soares Arte e Vida”. Nele, o pernambucano Mauricio Soares aborda a sua vivência no maracatu e a influência dos saberes orais, corporais, espirituais e ancestrais na construção da personagem Baiana Rica, que interpreta há mais de 20 anos no Maracatu Nação Estrela Brilhante, em Recife.
Edital
O Itaú Cultural lançou o Festival Arte como Respiro dentro da série de editais de emergência realizados pela instituição para apoiar artistas impactados pela suspensão social no contexto da pandemia da covid-19. Nesta etapa se apresentam projetos do Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, compondo uma diversidade cênica voltada para adultos e crianças, em dança, performance e teatro.
Ao longo do mês, o Festival Arte como Respiro conta com mais um bloco de contemplados em Cênicas, assim como dá início também à apresentação de contemplados em outras linguagens: Música e Artes Visuais.
Seguindo a proposta de manter os espetáculos no ar por 24 horas, em setembro a programação de Festival Arte como Respiro – Edição Cênicas acontece ainda de 16 a 20, sempre de quarta-feira a domingo, reservando os dias de semana para o público adulto, com sessões às 20h, e estendendo as atividades dos finais de semana também para as crianças, com espetáculos a partir das 15h.
Neste mês, a primeira semana do festival reúne espetáculos completos, cenas teatrais, performances, quadros de dança e circo, registrados antes ou durante o período da quarentena, trazendo novas e tradicionais formas de se fazer teatro, em temáticas que abordam desde questões raciais a situações individuais ou coletivas causadas pela suspensão social Todas as sessões são abertas com a apresentação de uma obra curta.
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