Estado Maior

Grupo autofágico

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

O grupo do governador Flávio Dino (PCdoB) demonstra sinais nítidos de desmantelamento. Não precisou chegar 2022 para que o racha no grupo comunista fosse evidenciado e ficasse público. Para alguns ainda aliados, Dino não soube criar, verdadeiramente, um grupo. E, pelos cenários atuais, o governador demonstra tão somente ter sido um “divisor de águas”.

E o comentário tem todo sentido. Flávio Dino, em nome de sua estratégia de formar um consórcio de candidatos em São Luís, acabou apressando a disputa de 022 que revelaria, de fato, o desmembramento interno de seu grupo.

Agora, na corrida pelo comando da capital, Dino tem sete nomes de sua base que disputam. Destes, três estão em rota de colisão direta. Neto Evangelista (DEM) e Duarte Júnior (Republicanos), que devem protagonizar uma disputa mais acirrada para chegar ao segundo turno, e Rubens Júnior (PCdoB), que
precisa derrubar esses dois nomes para conseguir a vaga.

E nesta briga interna, a autofagia vem marcando a guerra nas redes sociais, principalmente. Até os apoiadores de cada pré-candidato são motivos para críticas. Mas há um problema: os apoiadores em questão também são da base de Dino, a exemplo de Josimar de Maranhãozinho. E outros apoiadores foram buscados por comunistas, como o caso do MDB, que foi cortejado pelo PCdoB.

E no jogo da divisão para ganhar, no fim, pode haver efeitos colaterais, e o desfecho das eleições em São Luís poderá ser mesmo dia 15 de novembro.

Os “pensantes”
Vem das “mentes pensantes” do PCdoB os memes e também “informações” para tentar reduzir o apoio que os ainda aliados do grupo de Dino conseguiram para as eleições deste ano.

Os “pensadores” de Rubens Júnior tentam passar a ideia de que o comunista é o candidato único de Flávio Dino.

Enquanto seus colegas de grupo, mesmo sendo da base governista, são colocados como adversários.

Decisão do vice
O DEM ainda articula internamente a decisão acerca do vice da chapa de Neto Evangelista (DEM) na capital.

Com a chegada do MDB no palanque democrata, a disputa interna acirrou-se ainda mais, apesar de os emedebistas não terem reivindicado a vaga de vice.

De acordo com o presidente do DEM, Juscelino Filho, o assunto deve ter novidades nos próximos dias que antecedem a convenção da legenda.

Convenção
Aliado do DEM, o PSL não fará convenção junto com os Democratas. A direção Municipal da legenda publicou edital ontem agendando para o dia 12 deste mês a reunião para definição de chapas majoritária e também proporcional.

A convenção do PSL acontece das 9h às 14h e vai definir os nomes dos 47 candidatos a vereador e confirmar apoio a Neto Evangelista.

Novo filiado
E ainda sobre o PSL, quem deverá se filiar à legenda será o ex-senador Lobão Filho. Ele deverá concorrer ao mandato de deputado federal pelo PSL.

Há os rumores de que Lobão Filho assumiria o comando do partido no Maranhão. Por enquanto, não há nada de concreto.

Caso não seja efetivado, o nome dele seria – pelo menos – o quarto a ser colocado como possível presidente do PSL no estado após o advento da eleição de Jair Bolsonaro pelo PSL.

Decisão
Em decisão monocrática, a Justiça determinou a cassação dos mandatos da prefeita de Urbano Santos, Iracema Vale (PT), da vice, Darcy Almeida Melo (MDB) e do presidente da Câmara do Município, Tomaz de Aquino (vulgo "Totó"), do PTN.

De acordo com a sentença, os citados cometeram abuso de poder político e econômico, distribuindo cestas básicas e instalando caixas d’água, por exemplo, por troca de votos.

A defesa da prefeita diz que as eleições de 2016 ocorreram de forma legal dentro dos princípios democráticos previstos na Constituição
Federal.

DE OLHO

R$ 3,5 milhões É O TETO DE gastos dos candidatos a prefeito de São Luís para as eleições de 2020.

Traição?
Sobre “traição” de sua parte, o pré-candidato na capital, Eduardo Braide (Podemos), disse à Mirante AM que quem deve explicações é o próprio Wellington do Curso (PSDB).

Braide lembrou do movimento feito pelo PSB, em 2016, que abriu mão da candidatura de Bira do Pindaré para subir no palanque do PP, cuja chapa era liderada por Wellington.

“Naquela época, não vi Wellington falar em traição”, disse Eduardo Braide.

E MAIS

• Apesar das fortes críticas, Braide disse que sempre “está de portas abertas” para conversar sobre alianças.

• Ele não descartou nem mesmo um possível e improvável apoio de Wellington à sua chapa. Para o deputado, ninguém deve mandar “no voto de
ninguém”.

• Enquanto isso, Wellington do Curso mantém o discurso de que buscará a Justiça para conseguir ser candidato. Mesma tática usada em 2012, cujo resultado
não deu em nada.

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