Ato bárbaro

Polícia Civil investiga feminicídio na cidade de Amapá do Maranhão

Vítima estava gestante e foi assassinada a golpes de facão pelo companheiro, que até o início da noite de ontem não foi preso; este ano já ocorreram 42 casos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Principal acusado é o companheiro da vítima identificado como Jota, que ainda não foi preso pela polícia
Principal acusado é o companheiro da vítima identificado como Jota, que ainda não foi preso pela polícia (feminicídio)

São Luís - A Polícia Civil começou ontem a investigar o caso de feminicídio, que ocorreu durante a madrugada do último dia 31, na cidade de Amapá do Maranhão. Segundo a polícia, a vítima, que estava gestante, foi morta a golpes de facão e o principal acusado é o companheiro dela, identificado como Jota, que ainda não foi preso. Um total de 42 feminicídios já ocorreram neste ano no Maranhão e sendo que quatro casos foram registrados no decorrer destes últimos três dias.

A delegada Lícia Juliane, da Delegacia Regional de Zé Doca, afirmou que somente ontem a Polícia Civil tomou conhecimento do feminicídio ocorrido em Amapá do Maranhão, por meio da imprensa, e até o período da tarde os familiares da vítima não tinham comparecido à delegacia para falar sobre o crime.

Ainda segundo a delegada, as informações sobre esse caso precisam ser apuradas e ainda há várias lacunas para serem esclarecidas. Os populares disseram aos policiais militares que Jota durante a madrugada de segunda-feira (31), estava tentando violentar sexualmente a própria enteada, que menor de idade, mas, acabou sendo impedido pela mãe da criança.

A menor de idade foi levada para a residência da avó materna, localizada nessa cidade. A delegada contou que a mãe da criança acabou sendo abordada pelo Jota antes de fazer a denúncia para a Polícia Militar. Ela levou vários golpes de facão, inclusive, nas pernas, nas mãos e no pescoço. Os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados, mas encontraram a vítima sem vida e foi levada para o hospital do município.

A delegada também contou que Jota teria assassinado o ex-companheiro da vítima, no estado do Pará, e, após esse ato criminoso, fugiu para o Maranhão. Como ainda há informações de populares que a vítima estaria tendo um relacionamento extraconjugal com um morador da cidade de Amapá do Maranhão. “A polícia vai ouvir as testemunhas como ainda aguardaremos o resultado dos exames periciais feitos pelos peritos do Icrim”, frisou a delegada.

Outros casos

A polícia registrou três casos de feminicídio durante este fim de semana no interior. Umas das ocorrências foi na cidade de Imperatriz, no domingo, 30. De acordo com a polícia, Alan Patrick de Oliveira Soares matou a tiros a ex-companheira, Gleyciane da Mota Bandeira; e a ex-cunhada, Dayane, e depois recorreu ao suicídio.

A delegada da Mulher dessa cidade, Silviane Terório, declarou que o acusado estava inconformado com o fim do relacionamento. No domingo, 30, ele invadiu a residência da ex-companheira, localizada no bairro Novo Horizonte, e assassinou as duas irmãs, e logo após efetuou um tiro na cabeça.
Ainda segundo a delegada, foi solicitado ao Poder Judiciário a medida protetiva em favor da ex-companheira do suspeito. Mas, no dia 27 de maio deste ano, a vítima, por meio da Defensoria Pública, pediu a retirada da proteção judicial e, no dia 27 de junho, o processo acabou sendo extinto e ela deixou ser acompanhada pela patrulha Maria da Penha da Polícia Militar.
O outro caso ocorreu na tarde do último dia 29, no povoado Bom Jesus, na zona rural de Santa Luzia do Paruá, e teve como vítima Marilene dos Santos Lopes. A polícia informou que o ex-companheiro dela, identificado como José Antônio Silva Neto, é suspeito de ter cometido esse ato criminoso e ainda tentou se matar devido não aceitar o fim da relação amorosa. Ainda ontem, ele estava internado no hospital, em Governador Nunes Freire.l

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