PEQUIM - A CoronaVac, candidata a vacina contra a Covid-19 da chinesa Sinovac que está sendo testada no Brasil em estudo liderado pelo Instituto Butantan, foi aprovada em julho para uso emergencial na China como parte de um programa do país asiático para vacinar grupos de alto risco, como profissionais médicos, disse uma pessoa familiarizada com a situação.
A China National Biotec Group (CNBG), uma unidade da gigante farmacêutica estatal China National Pharmaceutical Group (Sinopharm), também disse que obteve aprovação para uso emergencial para uma candidata a vacina contra o coronavírus em publicação na plataforma de mídia social WeChat no domingo.
Há um acordo entre a Sinopharm e o governo do Paraná para que uma candidata a vacina da farmacêutica chinesa seja testada no Brasil.
A CNBG, que tem duas candidatas a vacina na Fase 3 dos ensaios clínicos, a última antes do registro, não disse qual delas obteve aprovação para uso emergencial.
A China tem administrado vacinas experimentais contra o coronavírus em pessoas que pertencem a grupos de alto risco desde julho, e uma autoridade de saúde disse à mídia estatal em entrevista que foi ao ar na semana passada que as autoridades podem considerar expandir modestamente o programa de uso emergencial para tentar evitar surtos durante o inverno e o outono do Hemisfério Norte.
Poucos detalhes
Oficialmente, a China divulgou poucos detalhes sobre quais candidatas a vacinas foram aplicadas a pessoas de alto risco sob o programa de uso emergencial e quantas pessoas foram vacinadas.
A mídia estatal informou em junho, antes do programa emergencial, que funcionários de empresas estatais que viajam para o exterior tiveram permissão para tomar uma das duas vacinas desenvolvidas pelo CNBG, ao mesmo tempo que as Forças Armadas chinesas também aprovaram o uso da candidata a vacina da CanSino Biologics.
Sete potenciais vacinas contra o coronavírus estão em estágio avançado de testes ao redor do mundo e quatro delas são chinesas.
Mas até agora nenhuma vacina passou por essa fase de testes, que busca provar que ela é segura e eficaz —condição normalmente exigida para obter aprovação dos órgãos reguladores para aplicação em massa. A Covid-19 já matou mais de 800 mil pessoas em todo o mundo.
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