Morte de mulheres

Duas maranhenses são vítimas de feminicídio em Codó e Boa Vista (RR)

Uma das vítimas, Joseane Gomes da Silva, 29 anos, foi morta na capital de Roraima e o principal acusado é um policial militar, ex-companheiro dela

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Joseane Gomes da Silva, de 29 anos, foi uma das maranhenses vitimas do crime de feminicídio
Joseane Gomes da Silva, de 29 anos, foi uma das maranhenses vitimas do crime de feminicídio (Joseane)

São Luís - Duas maranhenses foram vítimas de feminicídio em um intervalo de 24 horas, Um delas foi Joseane Gomes da Silva, de 29 anos, natural de Vitorino Freire. Somente ontem que o corpo da vítima deixou a capital de Roraima com destino ao Maranhão para ser sepultado. Segundo a polícia, a maranhense era proprietária de uma loja de confecção em Boa Vista e foi encontrada morta com marcas de tiro nas costas, no último dia 23. O principal suspeito é o ex-companheiro da empresária, um policial militar de Roraima.

No dia do crime, populares escutaram barulho de tiro e acionaram os militares. A polícia encontrou Joseane Gomes sem vida em uma rua do bairro Mecejana, em Boa Vista e o corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) para ser autopsiado. A polícia informou que no laudo cadavérico constatou que a empresária morreu em decorrência de uma hemorragia causada por ferimento de arma de fogo.

O coronel da Polícia Militar de Roraima, Magalhães José Damasceno, que é chefe do Comando de Policiamento da Capital, declarou que as acusações desse crime recaem a um policial militar que não aceitava o fim do relacionamento com a vítima. “O suspeito ainda não foi preso e tampouco se apresentou no quartel”, frisou Magalhães.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que vai pedir ao Poder Judiciário a prisão do policial militar. Há informações que o veículo da maranhense estava estacionado nas proximidades da residência da mãe do suspeito. O corpo de Joseane Silva foi liberado do IML para o pai e está sendo translado para o município de Vitorino Freire.

Morte de lavradora

A morte da lavradora Elisdene Pereira de Sousa, de 41 anos, continua sendo investigada pela Polícia Civil e ainda ontem estava preso o companheiro da vítima, Lucivaldo do Espírito Santo Alves, como sendo o suspeito desse crime. Ela foi encontrada morta em sua residência, na segunda-feira, 24, localizada no KM 17, em Codó.

O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher, que é coordenada pela delegada Maria Tecla. Ela declarou que a vítima foi encontrada pelo filho, que é menor de idade, e os peritos do Instituto de Criminalística constataram lesões no pescoço, queixo e na boca da vítima.

A delegada ainda contou que a causa da morte foi por asfixia, mas, é necessário fazer um exame pericial para identificar se foi ocasionada por enforcamento ou estrangulamento e o marido da vítima não soube falar sobre a morte. “Surgiram dúvidas, por conta disso foi feito o exame cadavérico e existe indício de que houve violência”, disse Maria Tecla.

Ela também informou que o companheiro da vítima foi preso em flagrante, mas nega qualquer participação sendo que havia um mandado de prisão em seu desfavor pelo crime de tentativa de homicídio, no município de Igarapé Grande.

Outra ocorrência

A Polícia Civil também está investigando a morte da estudante Daniele Marle Pereira Rodrigues, idade não revelada. De acordo com a polícia, a vítima participou de uma festa clandestina, no campo de aviação, em Zé Doca, e foi encontrada morta no último dia 24 em uma ribanceira.

Há informações que ela perdeu o controle de uma motocicleta ao passar em uma ponte e caiu em uma ribanceira. Havia fraturas na cabeça da vítima e o corpo foi removido para o hospital para ser autopsiado.

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