eleições 2020

Costuras nacionais podem definir rumos de PT e PSDB em São Luís

Wellington do Curso tenta consolidar candidatura pelo PSDB; PT tenta confirmar apoio a Rubens Júnior, do PCdoB

Gilberto Léda da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
(Roberto Rocha Wellington)

SÃO LUÍS - Faltando menos de 10 dias para o início das convenções partidárias, dois dos principais partidos políticos do país ainda não definiram seus rumos em São Luís.

PT e PSDB dependem de articulações nacionais antes de apontarem um norte na capital maranhense, o que devem fazer apenas próximo do prazo de início dos encontros para oficialização das candidaturas.

No PSDB, há expectativa de que uma decisão seja anunciada até o fim desta semana. O partido tem o deputado estadual Wellington do Curso como pré-candidato, mas o presidente estadual do partido, senador Roberto Rocha, vem sinalizando cada vez mais claramente que tem interesse na dissidência do projeto de candidatura própria, em prol do apoio ao pré-candidato do Podemos, deputado federal Eduardo Braide.

Wellington resiste, mas O Estado apurou que uma série se acordos em outras capitais - como São Paulo, onde o Podemos decidiu apoiar a reeleição do prefeito Bruno Covas, que é do PSDB - pode achar selando a opção tucana por uma composição com o líder das pesquisas em São Luís.

Além disso, pode pesar a favor de Braide o fato de que, em Imperatriz, segundo maior colégio eleitoral do Maranhão, o Podemos tende a retirar a pré-candidatura do médico Daniel Finn para confirmar apoio ao ex-prefeito e ex-deputado Sebastião Madeira, do PSDB.

São Paulo e Rio

No caso do PT, não apenas a política de alianças em São Paulo, mas também no Rio de Janeiro, deve ser fator preponderante para a definição de um acerto, ou não, com o PCdoB em São Luís.

Em âmbito local, a direção municipal do PT já deliberou por apoio à pré-candidatura comunista, representada pelo deputado federal Rubens Júnior. Mas essa decisão depende de aval nacional, que só virá caso o PCdoB aceite apoiar a pré-candidatura de Benedita da Silva na cidade do Rio de Janeiro.

A ex-governadora do Rio é tratada como uma prioridade nacional para os petistas, e, lá, o PCdoB está dividido entre uma proposta de candidatura própria, ou apoio a uma frente formada, ainda, por PSB, PDT e Rede.

Fora isso, tem pesado contra a aliança no maior colégio eleitoral do Maranhão o desprezo com que o pré-candidato do PCdoB à Prefeitura de São Paulo, Orlando Silva, tem tratado o PT. Em recente entrevista à Folha de S. Paulo, o comunista declarou que o partido do ex-presidente Lula já é passado.

“O Lula foi um extraordinário presidente, mas nós temos que olhar para a frente”, afirma à Folha o deputado federal. “A esquerda precisa ser mais humilde”, completou.

Wellington diz não acreditar em traição

Em meio à polêmica envolvendo o possível apoio do PSDB a Eduardo Braide (Podemos) - o que redundaria na retirada da pré-candidatura de Wellington do Curso (PSDB) - o tucano diz não acreditar que será traído.

Na segunda-feira (24), em entrevista ao programa Linha de Frente, da TV Maranhense, o tucano disse não acreditar que será tirado da disputa pelo presidente estadual da sigla, senador Roberto Rocha, em prol de uma aliança com o Podemos. “Tenho certeza de que o senador Roberto Rocha não irá me trair”, afirmou.

Wellington lembrou, ainda, que em março o senador havia confirmado sua pré-candidatura e que o chamou de “nosso pré-candidato”.

“A minha pré-candidatura segue com o apoio de Deus, das ruas e, também, do meu partido, que é o PSDB. Recebemos essa garantia do próprio senador, tanto em 2018, durante a minha filiação quanto agora, em março de 2020, quando ele, na condição de presidente da Direção Estadual”, destacou.

Em resposta aos posicionamentos recentes de Wellington do Curso, Roberto Rocha tem divulgados vídeos das eleições de 2018, nos quais aparece fazendo discursos públicos – um deles na presença do hoje pré-candidato tucano -, anunciando uma parceria com Braide em 2020

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