Pesquisa

Transtorno de ansiedade: busca por ajuda na internet cresce 50% desde março

Dados da SEMrush apontam que brasileiro vem buscando ajuda profissional com terapia online; distúrbios alimentares também crescem nas pesquisas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
(ansiedade)

SÃO PAULO- Especialistas apontam que o isolamento social vem impactando bastante o psicológico das pessoas, e que podem deixar marcas. Para compreender o que o brasileiro vem buscando na internet relacionado ao assunto a SEMrush , líder global em marketing digital, realizou um levantamento que aponta o comportamento de pesquisas sobre transtornos psicológicos, distúrbios alimentares e busca por ajuda. Enquanto as pesquisas por transtorno de ansiedade saltaram em 50% comparando pré isolamento (fevereiro) e a partir do isolamento (março), um bom sinal: as buscas por terapia e psicólogo online cresceram 50% e 83%, respectivamente.

Com a busca por tratamento profissional crescendo, as pessoas também procuraram por "psicólogo gratuito", termo que cresceu 24% se comparados os períodos pré e pós-isolamento. Entretanto, os brasileiros buscaram por medicamentos para tratamentos psicológicos, e o crescimento foi de cerca de 22% para medicamentos para ansiedade e para dormir. Lembrando que esses compostos podem apenas ser receitados por médicos e há grandes riscos na automedicação.

E, de fato, parece que a ansiedade vem incomodando muito os brasileiros desde o início da quarentena no país. A pesquisa por "sintomas de crise de ansiedade" cresceram 50%, enquanto "como controlar a ansiedade" subiu 22%. Um ponto positivo é que os dados apontam um interesse maior por técnicas de autocuidado: a busca pelo termo "meditação" também apurou um significativo crescimento pré e pós-isolamento, 49%. "Exercícios de respiração", muito utilizados no yoga e em meditações, tiveram 82% de crescimento nas buscas no mesmo período, e ajudam na concentração e no controle da ansiedade.

Distúrbios alimentares
Um ponto alarmante do levantamento é o crescimento na busca por distúrbios alimentares no mesmo período (entre fevereiro e março de 2020), que foi de 22% para anorexia e 50% para bulimia. Compulsão alimentar cresceu 22% em março, enquanto distúrbio alimentar subiu 22% em março, saltou para 50% em abril e foi para 84% em maio e junho, na comparação com fevereiro. A busca por nutricionista online também cresceu: 50% em abril, 83% em maio e 124% em junho. Importante destacar que no caso de distúrbios alimentares, a ajuda profissional psicológica também é essencial para o tratamento.

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