"Coisa linda de Deus"

Moradores registram fenômeno da pororoca em Vitória do Mearim

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram onda, formada durante o fenômeno, chegando em área de cais da cidade

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Morador de Vitória do Mearim registra o momento exato da pororoca no Rio Mearim
Morador de Vitória do Mearim registra o momento exato da pororoca no Rio Mearim (Pororoca)

SÃO LUÍS - Vídeos que flagram um dos fenômenos mais emblemáticos da natureza, o encontro das águas do rio com as do mar, está circulando nas redes sociais (veja abaixo). É a pororoca no Rio Mearim, na cidade de Vitória do Mearim, que ocorre também em outros municípios, como Viana e Anajatuba. De maneira mais intensa, a pororoca é registrada em Arari, onde se realizava até campeonato internacional de surf.

Nos vídeos, gravados com câmera de celular, um morador de Vitória do Mearim aparece registrando o exato momento em que as águas do mar avançam para o rio, provocando ondas razoáveis. “Lá vem a Pororoca do Rio Mearim, coisa linda de Deus”, diz o morador, alegrando-se com o espetáculo da natureza, enquanto assiste na companhia de outras pessoas, entre adultos e crianças.

O fenômeno pode ocorrer em diversas épocas do ano no Maranhão, sendo bastante festejada pelos amantes do surf. Segundo o empresário Ricardo Fernandes, criador do projeto “Pororoca – O Encontro das Águas”, o ápice da pororoca acontece entre janeiro e maio e sua ocorrência inspirou a prática do surf de uma maneira emocionante.

“Nós realizamos esse projeto por dez anos, mas tivemos de interromper por falta de recursos. No entanto, é nossa intenção retomá-lo, pois movimenta o esporte, a cadeia do turismo, a economia da região e, também, era importante do ponto de vista social”, diz o empresário.

Incentivo - De acordo com Ricardo Fernandes, a pororoca existe em poucos lugares do mundo, como França, Índia, China e Inglaterra. “No Brasil, popularizou-se na Amazônia e, depois, no Maranhão, pela vertente esportiva, com o nosso projeto. É um fenômeno que acontece de maneira intensa na cidade de Arari. Forma-se uma parede de onda de quase um metro e meio, assustando algumas pessoas, inclusive”, conta, acrescentando que o fenômeno dura mais ou menos 40 minutos, entre a cabeceira até chegar ao leito do rio.

O nome Pororoca origina-se do tupi poro’roka, que é o gerúndio do verbo poro’rog (estrondar). O fenômeno manifesta-se, no Brasil, na foz do rio Amazonas e afluentes do litoral paraense e amapaense (rio Araguari, rio Maiacaré, rio Guamá, Rio Capim, Rio Moju) e na foz do rio Mearim, no Maranhão. Esse choque das águas derruba árvores de grande porte e modifica o leito dos rios.

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