Críticas

Dino critica Bolsonaro por dar continuidade a obras de ex-presidentes

Comunista afirmou que gestão federal não apresentou nenhum programa novo; já no exercício do 2º mandato, Dino ainda inaugura obras deixadas por Roseana

Ronaldo Rocha/Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Dino, em entrevista à Folha de S. Paulo, criticou Bolsonaro por dar continuidade a obras de ex-presidentes
Dino, em entrevista à Folha de S. Paulo, criticou Bolsonaro por dar continuidade a obras de ex-presidentes (Dino)

Com o aumento da popularidade do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) tentou diminuir o trabalho do Governo Federal, ao afirmar que o presidente tem apenas dado continuidade a programas deixados pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Dino afirmou que não há, na atual gestão presidencial, qualquer programa novo.

“Nitidamente, ele está querendo compensar no Nordeste o que perdeu no Sudeste. Penso, contudo, que só conseguiria isso se fizesse mais do que simplesmente inaugurar obras dos governos Lula e Dilma. Não há obras iniciadas por ele. Nenhum programa novo. Ele só está visitando obras alheias e mudando nome de programas já existentes“, disse.

Pesquisa

Na semana passada, o comunista também tentou menosprezar o aumento da popularidade do chefe da União, atestado pela pesquisa Datafolha.

No levantamento, o governo Bolsonaro foi avaliado como “ótimo ou bom” por 37% da população, ante 32% em junho, mês de maior crise entre o Executivo e o Supremo Tribunal Federal.

Ainda segundo a pesquisa, a taxa daqueles que consideram a administração “ruim ou péssima” caiu de 44% para 34% no mesmo período.

O Datafolha entrevistou 2.065 pessoas por telefone. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

Crítica

Contrariado pelo resultado alcançado pelo adversário político, Flávio Dino utilizou o seu perfil em rede social para tentar diminuir os efeitos dos números.

“O ligeiro crescimento da popularidade de Bolsonaro não é sustentável, em face das muitas contradições que se acumulam na sua casa e nos palácios. Questão central para o campo progressista continua a ser gerar alternativa clara, viável e conectada com as necessidades da população”, pontuou.

Depois disso, ele concedeu entrevista a um jornalista que mantém uma página no youtube para “avaliar” o crescimento da popularidade de Bolsonaro.

Governo mudou nome de programas a partir de 2015

Apesar de ter apontado para Bolsonaro e acusá-lo de ter apenas mudado nome de programas deixados pelos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, do PT, o governador Flávio Dino (PCdoB) adotou estratégia semelhante no Maranhão, ao assumir o primeiro mandato, em 2015.

O comunista deu prosseguimento a uma série de obras, programas e projetos da gestão que o antecedeu, e optou, em todos os casos, por mudar nomes ou assegurar que a obra era de sua iniciativa.

Foi assim, por exemplo, com os hospitais regionais e macrorregionais do Programa Saúde é Vida, lançados por Roseana e conduzidos pelo ex-secretário Ricardo Murad.

Foi assim também com os restaurantes populares, iniciados na gestão Roseana Sarney. Dino evita admitir que o programa, inovador, foi iniciado por sua antecessora.

O comunista também mudou o nome das escolas técnicas estaduais (CETECMAs), transformadas em IEMAs. As escolas foram criadas e construídas na gestão de Roseana. Dino mudou o nome e adotou como um programa pioneiro no estado.

Outro programa que teve o nome alterado por Dino foi o “Estágio Viva Primeiro Emprego”. Lançado por Roseana logo no primeiro mandato, em 1996, o programa teve uma segunda edição em 2012, com mais de 15 mil qualificações no Maranhão.

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