Pandemia

Maranhão tentará, via Consórcio Nordeste, acesso à vacina desenvolvida pela Rússia

Flávio Dino afirmou que "o governador da Bahia está, em nome dos nove estados do NE, tratando (...) sobre a assinatura de protocolo que garanta o acesso"

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Agências internacionais noticiaram que autoridades russas informaram que o país produziu o primeiro lote da vacina
Agências internacionais noticiaram que autoridades russas informaram que o país produziu o primeiro lote da vacina (vacina rússia / covid-19)

SÃO LUÍS - O governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou durante entrevista coletiva por videoconferência, na sexta-feira (14), que o Governo do Maranhão aderiu, via Consórcio do Nordeste, ao protocolo com o Governo da Rússia para a obtenção de vacina contra o novo coronavírus.

As tratativas ocorrem, ainda, em caráter preliminar.

“O governador da Bahia está, em nome dos nove estados do Nordeste, tratando com empresas e Governo da Rússia sobre a assinatura de um protocolo que garanta o acesso a esse momento de experimentos. Temos buscado esse diálogo visando o futuro abastecimento do nosso estado para a possível vacina produzida, seja naquele país ou em qualquer outro”, afirmou Dino.

Segundo agências internacionais, as autoridades informaram no fim de semana que o país produziu o primeiro lote da vacina contra o novo coronavírus, anunciada no início da semana passada pelo presidente Vladimir Putin e que o resto do planeta recebeu com ceticismo.

"O primeiro lote da nova vacina contra a covid-19 foi produzido no Centro de Pesquisas Gamaleya", anunciou o ministério da Saúde da Rússia em um comunicado, citado pelas agências de notícias do país.

O presidente Putin afirmou na terça-feira que uma primeira vacina "bastante eficaz" foi registrada na Rússia pelo Centro de Pesquisas de Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleya, em Moscou, em associação com o ministério russo da Defesa.

Durante o anúncio, Putin também afirmou que uma de suas filhas foi vacinada com a Sputnik V, nome escolhido para o fármaco, em uma referência ao satélite soviético colocado em órbita em 1957, em plena Guerra Fria.

Ceticismo

Cientistas ocidentais, no entanto, expressaram ceticismo. Alguns afirmaram que uma vacina desenvolvida de maneira precipitada pode ser perigosa, pois a fase final dos testes (na qual a eficácia é comprovada com milhares de voluntários) começou esta semana.

O diretor do Centro Gamaleya, Alexander Guinstbourg, afirmou hoje à agência TASS que os voluntários que participam na última fase receberiam duas injeções.

O fundo soberano russo envolvido no desenvolvimento da vacina afirmou que a produção industrial começará em setembro e que 20 países já encomendaram mais de um bilhão de doses.

O instituto Gamaleya foi acusado de não respeitar os protocolos habituais com o objetivo de acelerar o processo de fabricação e comercialização da vacina.

Até o momento a Rússia não divulgou um estudo detalhado que permita verificar, de maneira independente, seus resultados.

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