Editorial

Banquinho, voz e violão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

O retorno de atrações musicais em bares e restaurantes da Região Metropolitana de São Luís sinaliza mais avanços na normalização de atividades que estavam suspensas por conta da pandemia da Covid-19. A portaria da Casa Civil do Governo do Estado atende aos anseios de muitos profissionais que estavam privados de auferir renda por meio de seu talento, proporcionando diversão ao público em diversos locais - como praças de alimentação, galerias, shoppings, entre outros estabelecimentos.

Mesmo atendendo a protocolos, o retorno musical, a partir deste final de semana, é visto como importante medida, no momento em que proprietários de bares e restaurantes ainda estão se recuperando financeiramente por terem ficado sem faturamento durante tantos meses, o que implicou em dívidas e demissões de profissionais. Alguns estabelecimentos ainda continuam fechados, mas com prazo de retorno até o final deste ano. A verdade é que o setor cultural foi duramente atingido pela pandemia.

Os proprietários de estabelecimentos estão cientes que a liberação poderá ser revista a qualquer tempo, em face da dinâmica observada pelas ações de fiscalização quanto ao atendimento dos protocolos pelos estabelecimentos, assim como dos dados epidemiológicos referentes à pandemia.

Mesmo com a queda no número de infectados e mortes no Maranhão, ainda não há previsão da volta de eventos musicais de médio e grande porte, uma vez que são caracterizados por aglomerações que devem ser evitadas para impedir a disseminação do vírus. É bem verdade que muitos estão sentindo saudade dos shows, da agitação, do contato físico, mas as medidas de segurança devem prevalecer - principalmente com o uso de máscaras, consideradas por infectologistas como um acessório eficaz para evitar a contaminação pela Covid-19.

Na última terça-feira, 11, uma situação quase impossível de ocorrer no Brasil nestes tempos. Foi na Virgin Money Unity Arena em Newcastle, Inglaterra. No palco, um show de rock. No gramado, fãs divididos em pequenas cercados, espalhados a uma distância segura um do outro. Eis a experiência de assistir a música ao vivo na era da pandemia. O local de eventos se anunciava como o primeiro espaço para shows com distanciamento social do mundo.

A semana chega ao fim com uma notícia pertinente: a Rússia deu a largada na corrida pela descoberta da vacina contra o novo coronavírus, sob a desconfiança da comunidade científica do planeta. O que todos torcem é que um imunizante eficiente contra o vírus esteja disponível o mais breve possível para a população mundial, que ainda está sob a ameaça de contaminação e, consequentemente, morte.

A pergunta do momento: a vacina russa é confiável ou é só uma estratégia política do presidente Vladimir Putin? A principal desconfiança é que a aprovação aconteceu antes da fase 3 de testes em humanos, etapa que serve para comprovar sua eficácia e segurança para aplicação em milhares de pessoas. Para a Organização Mundial da Saúde - OMS, a candidata russa está ainda na fase 1.

Sem qualquer base científica, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que uma pessoa desempregada fica mais fraca e mais propensa a adquirir um vírus ou outra doença. Ele defendia as ações do governo federal desde o início da pandemia da Covid-19, tanto no combate ao novo coronavírus como contra o desemprego causado pela crise econômica. Só para lembrar, Bolsonaro sempre se posicionou contra o isolamento social.

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