Desempenho

Setor de serviços teve alta de 6,6% em junho no Maranhão, aponta IBGE

Dados são da Pesquisa Mensal de Serviços e indicam que o Maranhão registrou elevação pelo segundo mês consecutivo e teve o quarto melhor desempenho entre as 27 unidades da federação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Setor de embelezamento está incluído no rol de serviços em alta
Setor de embelezamento está incluído no rol de serviços em alta (embelezamento)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na manhã de hoje (13), a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), referente ao mês de junho. Trata-se de um panorama conjuntural do setor de serviços da economia brasileira. Fazem parte do painel amostral da pesquisa empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não-financeiro, excluído ainda o setor O (administração pública, defesa e seguridade social) da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Brasil: serviços têm avanço de 5,0%

Para Brasil, no mês de junho de 2020, em comparação com o mês de maio de 2020, com ajuste sazonal, o índice de volume de serviços cresceu 5,0%, depois de cinco meses consecutivos de queda, sendo que a maior retração foi observada no mês de abril: -11,9%, a maior taxa negativa observada na série histórica iniciada em fevereiro de 2011. O relaxamento de medidas quanto ao isolamento social em partes do território nacional teve impacto no comportamento do volume de serviços no mês de junho em relação aos meses de março (2ª quinzena) e abril.

No mês de junho, apenas um segmento do setor de serviços acusou diminuição em termos de volume, transporte aquaviário (-2,3%), conforme tabela abaixo. É de se destacar o crescimento no transporte aéreo na ordem de 58,9%, segundo aumento em sequência, depois de dois meses de profundo recuo, sendo que, em abril, esse setor tinha caído cerca de 73,8%. Outro segmento que se pode destacar é o de serviços de alimentação e bebidas, que, pelo segundo mês em sequência, apresentou elevação no volume de serviços, depois de dois recuos significativos: março (-34,4%) e abril (-46,9%).

Comparando-se o mês de junho/2020 ao mesmo mês do ano anterior, junho/2019, houve retração do índice de volume do setor de serviços, na ordem de 12,1%. No mês anterior (maio de 2020), nessa mesma base de comparação, o recuo foi de 19,3%. Esses números de 2020 são sinais de que a recuperação registrada na comparação mês/mês imediatamente anterior não têm sido suficiente para superar o nível de atividade econômica do setor de serviços do ano de 2019. Por isso que no acumulado do ano, quando se compara o período de janeiro a junho de 2020 com o mesmo período encerrado em junho de 2019, observou-se recuo de 8,3%, elevando o grau de retração no setor, pois, até maio de 2020, o setor de serviços tinha um acumulado no ano de -7,6%.

Numa série iniciada em 2012, com fechamento a cada semestre de dezembro e junho de cada ano, o número de junho de 2020 na base de comparação acumulado no ano foi a menor da série. No acumulado de 12 meses, findo em junho de 2020 (julho de 2019 a junho de 2020 cotejado com julho de 2018 a junho de 2019), o índice do volume de serviços retraiu 3,3%.

Maranhão: volume de serviços cresce em 6,6%

No Maranhão, em junho/2020, na comparação com maio/2020, com ajuste sazonal, o índice de volume de serviços teve avanço de 6,6%. É o segundo mês consecutivo de taxa positiva. No mês anterior, maio/2020, nessa mesma base de comparação temporal, o aumento foi num patamar menor, 1,6%, depois de um recuo expressivo em abril/2020, na ordem de -14,0%, sendo a maior queda na série histórica iniciada em fevereiro de 2011. Junto com o RS e o DF, o Maranhão teve a 4ª melhor performance no volume de serviços dentre as 27 Unidades Federadas (UFs).

Se, em maio/2020, das 27 UFs, em 15 delas houve recuo no volume de serviços na base de comparação mês/mês imediatamente anterior, no mês de junho/2020, o número de UFs com recuo foi reduzido. Seis UFs apresentaram taxa negativa no volume de serviços. Foram elas: SE (-0,2%), PR (1,0%), ES (-3,2%), MT (-3,2%), TO (-4,2%) e RO (-4,3%).

Na comparação mês/mês igual ao ano anterior, jun.2020/jun.2019, no Maranhão, foi detectada uma queda de 6,9%, valendo lembrar que no mês anterior, maio/2020, o recuo tinha sido de 17,2% e, em abril/2020, a retração no volume de serviços tinha sido na ordem de 14,2%. São três meses consecutivos de diminuição no volume de serviços nessa mesma base de comparação temporal. As ocorrências de abril/2020 e maio/2020 estão entre os três maiores recuos na série histórica iniciada em janeiro de 2012.

No 1º semestre de 2020, apenas no mês de março houve acréscimo no volume de serviços na comparação mês/mês igual do ano passado. Essas ocorrências implicaram um acumulado no ano, isto é, cotejamento entre janeiro a junho de 2020 com janeiro a junho 2109, de -6,7% no volume do setor de serviços. Das 27 UFs, a única que apresentou uma taxa positiva no ano até o momento, 1º semestre de 2020, foi RO, +3,7%. Maiores retrações foram observadas no RS (-14,4%), no RN (-14,9%), no PI (-16,4%), na BA (-16,5%) e em AL (-17,8%).

Na base temporal de comparação que leva em consideração os últimos 12 meses (julho de 2019 a junho de 2020 cotejado com julho de 2018 a junho de 2019), o Maranhão apresentou um volume de serviços de -1,9%. Os números do 1° semestre de 2020 na base de comparação mês/mês igual do ano anterior, conforme registados acima, acabaram por retrair o volume de serviços nessa base de comparação que leva em consideração os últimos 12 meses. Observando o gráfico abaixo, fica claro esse movimento descendente nessa base de comparação, últimos 12 meses.

Esse índice de volume de serviços nessa base de comparação temporal, últimos 12 meses, no Maranhão, -1,9%, ainda se encontra num patamar de menor queda do que no Brasil, cujo indicador temporal foi na casa de -3,3%. Nessa base de comparação temporal, 24 UFs, no mês de junho/2020, têm acumulado retração no volume de serviços. Os maiores recuos na base de comparação dos últimos 12 meses foram detectados na BA (-9,9%), no PI (-10,4%) e em AL (-12,0%). As únicas UFs com números positivos até o momento nessa base de comparação temporal (julho de 2019 a junho de 2020 comparado com julho de 2018 a junho de 2019), foram TO (+1,8%), MS (+1,4%) e AM (1,2%).

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