Editorial

Covid-19 em queda no Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

O Maranhão está entre os oito estados que registram queda de casos do novo coronavírus, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, e o número de pacientes curados está chegando a 134 mil. Não deixa de ser uma boa notícia no momento em que o número de casos da Covid-19 ainda é considerado alto, segundo especialistas, e o Brasil se aproxima de 110 mil mortes.

É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificados nos últimos 14 dias - no caso, o período das duas últimas semanas. O consórcio adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia.

Para medir a situação das mortes por causa da Covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

Enquanto isso, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, ao participar de uma reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS), com líderes mundiais sobre as ações adotadas para combater a Covid-19, não se referiu ao número de mortes causadas pela doença no país, que já soma mais de 100 mil, e preferiu destacar o número de pessoas recuperadas e o total de casos. Atualmente, o Brasil figura como o segundo país do mundo com maior número de mortes pelo novo coronavírus.

Pazuello atualizou os especialistas sobre as ações adotadas e demonstrou a vontade do Brasil de fazer parte de alianças internacionais para lidar com a doença, inclusive para ter acesso às vacinas. O ministro demonstrou solidariedade com as vítimas da crise sanitária.

Já o diretor de operações da OMS, Mike Ryan, reforçou a necessidade de se manter o isolamento social, mas reconheceu as particularidades do Brasil que dificultam algumas ações como a pobreza e locais naturalmente aglomerados. Segundo ele, o governo deve continuar a dar apoio à sociedade, pois o Brasil está mantendo um nível muito elevado da epidemia. A curva está mais achatada. Mas ela não está caindo e o sistema está sob dura pressão. O país continua a registrar entre 50 mil e 60 mil novos casos por dia, com uma taxa de proliferação entre 1,1 e 1,5.

Chega a informação de que as primeiras 15 milhões de doses da vacina desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan deverão estar em São Paulo até o fim deste ano. A previsão é que os lotes desembarquem no país a partir de outubro, com 5 milhões de unidades a cada mês. Essas doses serão despachadas já dentro de seringas e estarão prontas para uso, que dependerá da liberação da Anvisa após a eficácia ser comprovada.

No momento em que o planeta espera por uma vacina contra a Covid-19, pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, desenvolveram um spray nasal para que as pessoas ministrem anticorpos sintéticos em si mesmas. Os cientistas acreditam que o produto pode impedir a contaminação pelo novo coronavírus. Uma equipe liderada por Michael Schoof projetou as moléculas sintéticas que envolvem a membrana da Covid-19 e neutraliza o vírus, o que o impede de infectar nossas células.

Embora não seja uma vacina, os pesquisadores acreditam que usar o spray uma vez ao dia, por via nasal ou inalação, pode oferecer proteção contra a doença. Se forem bem-sucedidos, os pesquisadores pretendem tornar o AeroNabs - nome do spray anti-Covid -, amplamente disponível.

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