Pandemia

Covid-19: EUA têm 160 mil mortes e debatem reabertura de escolas

Mortes por coronavírus estão aumentando em 23 estados americanos e os casos crescendo em 20 estados, de acordo com uma análise realizada pela Reuters

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Donald Trump tem defendido que os estados retomem as aulas
Donald Trump tem defendido que os estados retomem as aulas (Trump)

NOVA YORK - Mais de 160 mil pessoas morreram por causa da pandemia de coronavírus nos Estados Unidos, quase um quarto do total global, e o país debate se as escolas estão prontas para reabrir nas próximas semanas.

O país registrou 160.003 mortes e 4,91 milhões de casos, o maior número de casos do mundo, segundo contagem da Reuters nesta sexta-feira (7). A contaminação é causada em parte por problemas persistentes em tornar os testes rápidos amplamente disponíveis e pela resistência de alguns setores de adotar máscaras e distanciamento social.

As mortes por coronavírus estão aumentando em 23 estados e os casos crescendo em 20 estados, de acordo com uma análise da Reuters de dados das últimas duas semanas em comparação com as duas semanas anteriores. Em uma base per capita, os Estados Unidos ocupam o décimo lugar do mundo em casos e mortes. A marca de sexta-feira estabelece um aumento de 10.000 mortes em nove dias nos Estados Unidos.

Muitas das mortes ocorreram na Califórnia, Flórida e Texas, os três principais Estados dos EUA para o total de casos. Embora as novas infecções pareçam estar diminuindo nesses Estados, novos surtos estão surgindo de costa a costa.

Quase 300 mil pessoas nos EUA podem morrer de Covid-19 até dezembro, afirmaram especialistas em saúde da Universidade de Washington na quinta-feira.

Aulas presenciais

Pelo país, autoridades, professores, pais e alunos estão debatendo como as escolas poderão reabrir em segurança. O presidente norte-americano, Donald Trump, tem defendido que os Estados retomem as aulas presenciais, afirmando que o vírus “irá embora como as coisas vão embora”, mas autoridades de saúde afirmam que Estados com números de contágio em elevação devem ser vigilantes.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse nesta sexta-feira que cerca de 700 distritos escolares no Estado poderão reabrir escolas, mas insistiu que os estabelecimentos de ensino façam grandes consultas com professores, alunos e pais antes.

Adversário
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que seu adversário democrata nas eleições de novembro, Joe Biden, é “contra Deus”, apesar de Biden frequentemente discutir como sua fé católica guiou suas ações como autoridade pública.

Com Trump, que é republicano, atrás de Biden em quatro pesquisas recentes em Ohio, o presidente briga por votos no tradicional Estado pêndulo, com o coronavírus ameaçando suas chances de conseguir um segundo mandato. Após falar a um pequeno público no aeroporto de Cleveland, na quinta-feira, Trump deu um discurso com tom de campanha em uma fábrica da Whirpool, em Clyde, Ohio.

“Ele está seguindo a agenda da esquerda radical: tomar nossas armas, destruir a Segunda Emenda, sem religião, sem nada, machucar a bíblia, machucar Deus”, disse Trump, sobre Biden, em seu discurso em Cleveland. “Ele é contra Deus.”

A Segunda Emenda da Constituição dos Estados Unidos dá aos norte-americanos o direito de portar armas. Trump não explicou o que quis dizer. Sua acusação, no entanto, pode solidificar o apoio do grande bloco cristão do seu partido e também danificar a imagem que os eleitores têm de Biden, o primeiro vice-presidente católico na história dos Estados Unidos. John Kennedy foi o primeiro e único católico eleito presidente, em 1960.

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