No Brasil

Dia dos Pais: 81% deverão presentear, mas gasto será menor que em 2019

Pesquisa nacional com consumidores mostra receio por conta da pandemia de Covid-19; vendas devem crescer 10% em relação a julho

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
19% disseram não pretender comprar nenhum presente
19% disseram não pretender comprar nenhum presente (Dia do pai / presente)

SÃO PAULO - Faltando poucos dias para a comemoração do Dia dos Pais, a Associação Brasileiras de Lojistas de Shopping (Alshop) realizou uma pesquisa entre os dias 27 de julho a 3 de agosto com 5.200 consumidores para entender a expectativa para a primeira data comemorativa do ano onde o comércio está aberto, mesmo com restrições e diversas medidas de prevenção para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

A pesquisa nacional mostra que 81% dos entrevistados desejam ir às compras nesta semana que antecede o Dia dos Pais, enquanto 19% disseram não pretender comprar nenhum presente. Diferente da pesquisa de 2019, onde o ticket médio pretendido era de R$ 160 na data, este ano a maior parte dos consumidores, 32% disse que pretende gastar entre R$ 51 e R$ 100.

Outros 14% relatam a pretensão de comprar um presente de R$ 101 a R$ 150, 14% tem a intenção de comprar algo entre R$ 151 e R$ 200 e somente 13% afirmaram que irão gastar mais do que R$ 201.

Força da internet

O levantamento mostrou a intenção de 46% dos entrevistados ainda pretendem fazer suas compras do Dia dos Pais em plataformas online como aplicativos e e-commerce, 12% devem procurar lojas de rua e 19% preferem lojas de shopping.

“A pandemia do novo coronavírus acelerou o consumo online e as marcas que já se consolidaram em formato digital colheram bons frutos durante essa crise e puderam comemorar por ter dado esse passo antes da chegada desta crise. Além disso, 19% pretende comprar presente dentro do ambiente do shopping, percentual maior do que os que têm intenção de fazê-lo nas lojas de rua.”, afirma Nabil Sahyoun, presidente da Alshop .

Entre os produtos mais procurados segundo os consumidores estão vestuário, com 44%, seguido de 12% que deve presentear com perfumes ou cosméticos e 10% informaram a preferência por calçados. Apenas 8% deve procurar um presente eletrônico, categoria que liderou outras pesquisas desse tipo. Sobre a escolha dos meios de pagamento, 42% dos entrevistados afirmaram que vão comprar presente com cartão de crédito parcelado ou carnê da loja e 39% afirmaram que será à vista ou com cartão de débito.

Recuperação lenta, dizem lojistas

Mesmo com um aumento de intenção de compras via e-commerce, lojistas associados relatam que o fluxo de pessoas nos shoppings vem aumentando gradualmente. Parte dessa pesquisa, desta vez feita com lojistas associados, que representam 1.500 pontos de venda em todo o país, mostra que a expectativa de aumento no faturamento é de 10% em agosto na comparação com o mês de julho de 2020. “Isso nos indica que do ponto de vista do lojista a recuperação está acontecendo de forma lenta, até porque cerca de 20% dos shoppings no país estão fechados e a maioria funciona em horário reduzido, apesar dos rígidos protocolos sanitários adotados nestes empreendimentos.”, relata, Sahyoun.

Protocolos implantados com sucesso

Neste momento, cerca de 14% dos 577 shoppings centers seguem fechados em todo o país, a maioria nos estados do Sul enquanto a abertura gradual segue principalmente no Sudeste e Nordeste.

“Neste processo de reabertura, em diálogo com mais de 20 entidades e 50 empresários em conjunto com a Alshop iniciamos o 'Instituto Unidos pelo Brasil', que é uma iniciativa de alerta para a sociedade civil para promovermos uma retomada consciente da economia para preservar a saúde, mas também o emprego e a renda neste cenário de crise”, diz Sahyoun.

O Instituto Unidos Pelo Brasil já está nas redes sociais, em vídeos de conscientização e em uma ampla campanha na internet, em veículos de comunicação impressos, rádios e até na televisão aberta. “Vamos engajar a sociedade nesta iniciativa de retomada consciente da economia, pois se trata de um ciclo e não podemos deixar o choque de demanda resultar em mais prejuízos, desemprego e queda de arrecadação que nos impediria de sair desta dura crise!”, finaliza.

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