Editorial

O papel dos mercados públicos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

Os mercados públicos são pontos de comercialização de alimentos e produtos mais diversos. Consumidores e comerciantes que trabalham nesses espaços cobravam melhorias na infraestrutura, limpeza, condições de higiene para a venda dos produtos, entre outras questões que afastavam a população dos locais e comprometia as vendas.

Importante lembrar que a maioria dos mercados públicos de São Luís foi construída entre as décadas de 1980 e 1990 e ao longo do tempo não passaram pelas devidas manutenções corretivas e preventivas, ocasionando prejuízos estruturais.

Um destes mercados era o do Coroadinho, que após anos sem obras de manutenção ficou em estado insalubre, sem condições de trabalho para os feirantes e colocando em risco a saúde de quem comprava alimentos no local. Felizmente, esta realidade agora é passado e os comerciantes e moradores receberam um mercado totalmente novo.

Para resolver de forma definitiva os problemas desse mercado, a Prefeitura de São Luís demoliu toda a antiga estrutura e construiu uma totalmente nova, que foi entregue esta semana. O novo Mercado do Coroadinho atende a todas as normas de segurança, higiene e acessibilidade.

Os mais de 100 feirantes que trabalham no local receberam um espaço totalmente padronizado, com novas bancas e boxes, sistema anti-incêndio, inclusão de elementos que possibilitarão o manuseio e armazenagem adequados de alimentos, bem como o armazenamento de água e o descarte adequado de resíduos sólidos. As ruas do entorno do mercado também receberam melhorias para garantir que as áreas interna e externa permaneçam limpas e organizadas.

É fundamental garantir as condições mínimas para funcionamento dos mercados públicos de São Luís, executando reformas que atendam de fato às necessidades, tanto dos comerciantes, como dos consumidores, já que os mercados são a primeira opção para quem deseja uma alimentação mais saudável e comprada próximo do seu bairro.

Além disso, os mercados públicos têm forte influência econômica e contribuem decisivamente com o desenvolvimento da cidade. São equipamentos de grande importância para a dinamização da economia local, pois são espaços que se destinam à venda de gêneros alimentícios comercializados por pequenos empreendedores individuais, que viabilizam o crescimento socioeconômico do bairro em que vivem e no qual está instalado o mercado.

Reestruturar os mercados públicos é também uma questão de saúde pública já que a falta de estrutura, organização e sujeira pode comprometer a qualidade dos alimentos vendidos e os espaços podem se tornar pontos de disseminação de vetores de doenças.

Os mercados contribuem ainda para manter o abastecimento das cidades com gêneros alimentícios de qualidade a preços acessíveis, sobretudo em um momento em que a pandemia da Covid-19 agrava a crise econômica, que tem efeitos ainda mais graves para a parcela da população com menor renda.

As soluções para os problemas dos mercados são complexas e onerosas, por isso, é fundamental que o poder público entenda os mercados como espaços não apenas para a venda de alimentos, mas como parte integrante da política de abastecimento, uma vez que podem representar uma solução local para a segurança alimentar, locais de convivência social nos bairros e espaços de empreendedorismo, geração de emprego e renda. Investir na reestruturação dos mercados contribui também para incentivar a agricultura familiar.

Apesar da expansão dos supermercados, os mercados públicos seguem com sua importância dentro das comunidades. Neles, a relação entre o consumidor e o feirante, que geralmente também é morador da localidade, é muito próxima, muito mais humanizada.

É dos mercados públicos que milhares de famílias tiram o seu sustento, de maneira direta e indireta. Em um momento de crise econômica, a gestão municipal deve qualificar esses espaços e promover o desenvolvimento a partir do pequeno comerciante.

Esta nem sempre foi a percepção do poder público, que nunca pensou na modernização e na revitalização destes espaços. Esta realidade mudou e, além do mercado do Coroadinho, a Prefeitura de São Luís está com obras em outros nove mercados, que estão passando pelo mesmo tipo de intervenção estrutural e com projetos que se adequam às necessidades de cada comunidade.

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