Tiros

3 mortes executadas por faccionados em menos de 36 horas

Um dos casos foi na Liberdade e, de acordo com a polícia, a vítima levou mais de 13 tiros; as outras mortes foram na Nova Vida e São Raimundo

ISMAEL ARAÚJO Da editoria de Polícia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
José Vinícius Moraes da Silva, Calabresa, 23 anos, levou mais de 13 tiros
José Vinícius Moraes da Silva, Calabresa, 23 anos, levou mais de 13 tiros (morto na liberdade)

São Luís -

Três pessoas foram assassinadas em menos de 36 horas na capital e, segundo a polícia, tiveram a participação de facção criminosa. Um dos casos ocorreu em plena via pública no bairro Liberdade durante o período da manhã de sexta-feira (31), e a vítima, identificada como José Vinícius Moraes da Silva, Calabresa, de 23 anos, levou mais de 13 tiros.
O delegado Arthur Benazzi, da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP), informou que esse ato criminoso foi executado por quatro integrantes de uma facção criminosa e chegaram ao local em um veículo Fiesta vermelho, de placas não identificadas. Apenas dois desceram do carro e efetuaram tiros em direção a José Vinícius.
Ainda de acordo com o delegado, a vítima ainda tentou correr, mas continuo sendo baleada. Os tiros atingiram as costas, nádegas e cabeça. José Vinícius morreu ainda no local. Uma guarnição da Polícia Militar do Batalhão Tiradentes chegou ao local e foi recebida a bala. Houve troca de tiros e perseguição pelo bairro.
Os militares conseguiram deter dois envolvidos nesse crime e foram apresentados na sede da SHPP, na Avenida Beira-Mar. Em poder deles, os policiais apreenderam uma arma de fogo, enquanto os outros criminosos tomaram rumo ignorado. Há informações que um dos suspeitos veio da cidade de Miranda do Norte para participar do ato criminoso.

Mais mortes

Mais dois assassinatos ocorreram na capital no último dia 30 e uma das vítimas foi identificada como Adriano Santos Neto, de 32 anos. De acordo com a polícia, ele foi baleado por homens, não identificados, no bairro Nova Vida.

Os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados e levaram a vítima para o Hospital Socorrão II, localizado na área da Cidade Operária, mas chegou sem vida. A equipe da SHPP está investigando o caso, mas, até o período da tarde de sexta-feira, 31, não tinha registro de prisão dos acusados.

A Polícia Civil também está investigando a morte de Leonardo Barbosa Cunha, de 23 anos. A polícia informou que no começo da noite de quinta-feira, 23, a vítima foi levada por faccionados até um campo de futebol, no São Raimundo, em seguida, foi espancado e morto a tiros. O corpo da vítima foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, e, na manhã de sexta-feira, 31, liberado para os familiares.

Confronto

João Coutinho dos Santos Filho e Renato Borba de Sousa foram mortos na noite do último dia 30 durante confronto com a equipe da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e do Centro Tático Aéreo (CTA), no povoado Belém do Maranhão, em Tuntum. Os policiais estavam realizando cerco nessa localidade com um dos objetivos de prenderem integrantes de bando especializado de roubo a bancos.

A polícia informou que as incursões continuam sendo realizados pela Seic e o CTA nessa região. Na noite de quinta-feira, 30, os policiais foram recebidos a tiros ao abordarem uma caminhonete S10 em que estavam João Filho e Renato Borba. Houve troca de tiros. Os criminosos acabaram sendo baleados e morreram a caminho do hospital. Em poder dos bandidos, foram apreendidos um revólver calibre 38 e uma pistola 380.

O delegado Armando Pacheco, superintendente da Seic, informou que os policiais estão realizando cercos nessa localidade desde o começo desta semana devido haver a suspeita que criminosos pretendiam explodir o Bradesco da cidade de Formosa da Serra Negra. A polícia conseguiu encontrar uma casa, localizada no povoado Tabocal, em Tuntum, que estava servindo de ponto base para os quadrilheiros.

Nesse local não houve registro de prisão, mas, foram apreendidos armamento de grosso calibre, munições e vários miguelitos. Uma parte desse material estava enterrado no quintal e foi necessário utilizar trator e uma retroescavadeira. Ainda de acordo com o delegado, João Filho possui duas fazendas no interior como também é suspeito de conceder a apoio a assaltantes de banco e de carga e acusado de vários assassinatos.

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