GENEBRA - Uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu a pandemia de Covid-19 nesta terça-feira como “uma grande onda” e pediu cautela durante o verão do hemisfério norte, já que a infecção não compartilha a tendência do vírus da gripe de acompanhar as estações.
As autoridades da OMS têm se esforçado para evitar descrever um ressurgimento de casos de Covid-19 como os de Hong Kong como “ondas”, já que isso sugere que o vírus está se comportando de maneiras fora do controle humano, quando na verdade uma ação organizada pode refrear sua disseminação.
Margaret Harris repetiu esta mensagem durante uma coletiva de imprensa virtual em Genebra. “Estamos na primeira onda. Será uma grande onda. Ela subirá e descerá um pouco. A melhor coisa é achatá-la e transformá-la em algo que passa junto aos pés”, disse.
Apontando para os números altos de casos no auge do verão dos Estados Unidos, ela pediu vigilância na aplicação de medidas e desaconselhou grandes aglomerações.
“As pessoas ainda estão pensando sobre estações do ano. O que todos precisamos ter na cabeça é que esse é um novo vírus e... esse está se comportando de forma diferente”, disse. Mas ela também expressou o temor de casos de Covid-19 coincidirem com casos de gripe sazonal normal durante o inverno do hemisfério sul e disse que a OMS está monitorando isso atentamente.
Por enquanto, disse, amostras de laboratório não estão mostrando muitos casos de gripe, o que indica um início de estação tardio.
Vacina na Rússia
Um instituto de virologia da Rússia iniciou os testes da segunda possível vacina contra Covid-19 em humanos do país, inoculando o primeiro de cinco voluntários com uma dose no dia 27 de julho, relatou a agência de notícias RIA nesta terça-feira.
O indivíduo passa bem, noticiou a agência.
O próximo voluntário do teste do instituto de virologia Vector da Sibéria receberá uma injeção em 30 de julho, disse, nesta terça-feira, 28, a agência reguladora de segurança do consumidor Rospotrebnadzor, segundo citação da RIA.
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