Manifestações

Protestos contra racismo deixam morto e dezenas de presos nos EUA

Cerca de 45 manifestantes foram presos e policiais ficaram feridos em confrontos no maior protesto em semanas do movimento Black Lives Matter em Seattle, nos Estados Unidos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Manifestante baleado é assistido por policiais e outros manifestantes, em Seattle
Manifestante baleado é assistido por policiais e outros manifestantes, em Seattle (protesto antiracismo)

Seattle - Ao menos 45 manifestantes foram presos e policiais ficaram feridos em confrontos no maior protesto em semanas do movimento Black Lives Matter (“Vidas Negras Importam”, em inglês) em Seattle, no estado americano de Washington, no sábado, 26. A manifestação contra o racismo teve um gás novo após os episódios de violência entre ativistas e agentes federais nas proximidades de Portland, no Oregon.

Em Austin, no Texas, uma pessoa foi morta quando vários tiros foram disparados em meio a um protesto. De acordo com o departamento de polícia de Austin, não houve outras mortes ou pessoas baleadas durante o tiroteio.

Segundo a polícia, os agentes de segurança usaram armas não letais para tentar dispersar milhares de manifestantes no fim da tarde, depois que alguns participantes do protesto atearam fogo em um centro de detenção juvenil e um tribunal.

A polícia de Seattle informou no Twitter que 21 policiais ficaram feridos depois de serem atingidos por tijolos e explosivos. “A maioria conseguiu voltar ao serviço. Um foi levado a um hospital com uma lesão no joelho”, escreveu.

Antes, a polícia afirmou que estava trabalhando para garantir o acesso dos bombeiros aos focos de incêndio, provocado por um grupo de cerca de uma dúzia de manifestantes.

O presidente Donald Trump disse na quinta-feira (23) que incluiu Seattle na lista de cidades com tropas federais, o que enfureceu autoridades locais e ativistas.

“Vimos o que estava acontecendo em Portland e queríamos garantir que em nossa cidade tivéssemos a solidariedade com outras mães”, disse Lhorna Murray, que participou do recém-criado “Muro de Mães de Seattle”, inspirado na tática de Portland, onde mães vestidas de amarelo formam uma barreira humana entre manifestantes e policiais durante os protestos.

Líderes locais e congressistas democratas criticam o envio de forças federais a Portland por Trump e dizem que os oficiais estão usando força excessiva.

O procurador Brian Moran disse na sexta-feira (24) que agentes federais estão de prontidão em Seattle para proteger espaços públicos. O governo Trump também enviou à revelia de prefeitos tropas federais para Chicago, em Illinois, Kansas City, em Missouri, e Albuquerque, no Novo México.

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