Brasília A Polícia Federal realizou buscas na casa do governador Wellington Dias (PT) e da primeira-dama do estado, ex-secretária estadual de educação e hoje deputada federal, Rejane Dias (PT), na manhã desta segunda-feira (27).
O gabinete da deputada, em Brasília, também foi alvo de buscas. Esta é a terceira etapa da Operação Topique e Rejane Dias, segundo a PF, é o alvo das buscas na investigação de um suposto esquema criminoso para fraudar licitações de transporte escolar. O mandado de busca foi cumprido após autorização da ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber.
Além do gabinete da primeira-dama, em Brasília, foram alvos de busca empresas e a casa do irmão de Rejane Dias; e a sede da Seduc, em Teresina.
Nem Wellington Dias nem o gabinete do governador em Teresina foram alvos da PF.
De acordo com a PF, entre os anos de 2015 e 2016, servidores da cúpula administrativa da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), na época gerida por Rejane Dias, teriam se associado a empresários do setor de locação de veículos e desviado, no mínimo, R$ 50 milhões de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE).
Segundo a PF, servidores públicos e empresários teriam se associado para superfaturar contratos de transporte escolar.
A PF não esclareceu quais as suspeitas que recaem sobre o irmão de Rejane Dias.
Em nota, a Seduc declarou que está colaborando com as investigações. O G1 entrou em contato com o governador Wellington Dias, que ainda não se pronunciou. Em nota, a deputada Rejane Dias informou que "recebe com tranquilidade os desdobramentos da referida Operação" e que está à disposição para esclarecer o caso.
Até a ultima atualização desta reportagem, o G1 ainda não havia conseguido contato com a defesa do irmão de Rejane Dias. Veja ao final da reportagem a íntegra das notas dos citados.
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