Análise

Debates econômicos depois da pandemia

Economista Antônio Augusto Ribeiro Brandão prepara palestra no Conselho Regional de Economia do Maranhão sobre o tema "Economia - Textos selecionados", data ainda será informada

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
O economista Augusto Ribeiro Brandão
O economista Augusto Ribeiro Brandão (augusto brandão)

Antes da pandemia ser decretada no Brasil, o economista maranhense Augusto Ribeiro Brandão estava com a agenda marcada com uma palestra no Conselho Regional de Economia (Av. Jerônimo de Albuquerque), o eventou precisou ser adiado, agora o economistaprepara-se para sua primeira palestra dentro do período de pandemia. Com o tema será “Economia - Textos selecionados", com base em livro do autor, o evento ainda não tem data confirmada, pois dependerá da autorização das autoridades e os participantes deverão seguir todos os protocolos de segurança, como uso de máscaras e distanciamento. Na oportunidade, o economista apresentará fatos e números atualizados sobre o cenário econômico atual, inclusive, elaborando uma análise do mundo pós-pandemia.

Segundo o economistas, o déficit primário federal para este ano é estimado em 657, 1 bilhões de reais, podendo chegar, dependendo da duração da pandemia, a 1 trilhão de reais. A situação de muitos estados e municípios, conforme ele, não é muito diferente, recomendando, desde já, ajustes fiscais que serão exigidos em decorrência da ajuda financeira que estão recebendo.

“As transferências federais de ajuda a estados e municípios estarão sujeitas a abertura de créditos extraordinários em função das limitações da lei do Teto de Gastos, e estão previstas serem de 60,15 bilhões de reais. Além disso, o governo pretende estender os benefícios de ajuda financeira aos trabalhadores que perderam seu emprego, aos informais e às pequenas e médias empresas”, diz.

Relações
Agravando a situação brasileira, as relações do país com o exterior vão mal, segundo o economista, embora o dólar esteja valorizado, o que beneficia as exportações, mas que continuam carecendo de competitividade em termos de custos.

“O balanço de transações correntes, que inclui, além do balanço comercial, as transferências ou remessas de lucros e dividendos das empresas aqui sediadas, as despesas de viagem e turismo, e outras, refletirá essa ‘melhoria’”, frisa.

Projeções de especialistas dizem que o PIB brasileiro, em 2020, deverá cair variando entre 4,7% a 7,8%, e o dólar poderá alcançar a cotação equivalente a 5,60 reais. Além disso, a inflação poderá variar entre 3.04% a 3,10% e, em 2021, entre 3,60% a 3,65%.

“Os juros estão caindo paulatinamente refletindo tempos de recessão. Porém, ainda deveriam cair mais ainda situando-se abaixo da taxa de crescimento do PIB”, complementou. O Brasil, de acordo com o economista, está vivendo o que Keynes denominou de ‘armadilha da liquidez’, ou seja, por mais que os juros caiam, os investimentos não acontecem, porque as pessoas preferem reter moeda ainda que apenas como reserva de valor. l

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