[e-s001]São Luís - A procura pelo medicamento hidroxicloroquina ou cloroquina durante este mês diminui bastante nas farmácias da Grande Ilha. O remédio está sendo utilizado no tratamento do novo coronavírus, embora sua indicação seja para doenças reumáticas, artrite, lúpus, dermatológicas e até mesmo malária.
A gerente de uma drogaria da Cohab, disse que no decorrer dos meses de abril e maio deste ano chegou a vender de cinco a seis caixas de cloroquina por dia e o estoque precisava ser abastecido com uma certa frequência, mas neste mês, apenas duas ou três caixas são comercializadas por semana.
Ela ainda contou que a procura pelo medicamento caiu bastante nas últimas três semanas, e antes havia lista de espera. A caixa contendo 30 compridos continua sendo vendido por R$ 70,00. “No pico da doença, o medicamento chegou a faltar na farmácia e fizemos uma lista de espera com os nomes dos clientes que pretendiam adquirir cloroquina”, declarou a gerente.
Marcos Silva, que é balconista de uma farmácia do João Paulo, também disse que a venda desse produto caiu, principalmente neste mês. A caixa somente é vendida com a apresentação da receita médica. “Temos a ordem da direção da drogaria que esse medicamento somente pode ser vendido apresentado a receita, inclusive, ficamos com uma cópia”, frisou.
Os remédios azitromicina e ivermectina, que também estão sendo usados no tratamento dessa enfermidade, também estão tendo uma baixa demanda. A vendedora de uma drogaria da Cohab frisou que a venda desses medicamentos caiu muito durante este mês e o valor não sofreu variação durante este ano. “Uma caixa de azitromicina contendo cinco compridos custa R$ 15,00, enquanto a Ivermectina custa R$ 25,00”, detalhou a vendedora.
[e-s001]Controle
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda na segunda quinzena do mês de março deste ano, enquadrou como medicamentos de controle especial as substâncias hidroxicloroquina e cloroquina. Essa medida foi tomada devido a grande quantidade de pessoas que buscaram esse remédio depois do surgimento de notícias de que estava sendo usado, ainda em caráter de pesquisa, no tratamento da Covid-19.
Segundo a Anvisa, essa medida tentou evitar o desabastecimento desse medicamento no mercado, pois os pacientes de malária, lúpus e de artrite precisam dele para o seu tratamento. Para a pessoa comprar esse tipo de medicamento precisa ter uma receita branca, prescrita pelo médico.
No mês de maio, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) inseriu a cloroquina no tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19, que estão com sintomas leves. A medida contempla pessoas com comorbidades, sem doença cardíaca, do 1º até o 5º dia de infecção do vírus. Orientado pela comunidade científica, o protocolo consiste em um conjunto de fármacos que combinam Hidroxocloroquina, Azitromicina, um corticoide, vitaminas C e D, além de remédios para febre e dores, como paracetamol e dipirona.l
SAIBA MAIS
Medicamentos: hidroxicloroquina ou cloroquina
Indicações: afecções reumáticas e dermatológicas; artrite reumatoide; artrite reumatóide juvenil; lúpus eritematoso sistêmico; lúpus eritematoso discoide; condições dermatológicas provocadas ou agravadas pela luz solar. Malária (doença causada por protozoários).
Contraindicações: reuquinol é contraindicado em pacientes com alergia aos componentes da fórmula, aos derivados da 4-aminoquinolina e pacientes que apresentam maculopatias pré-existentes (distúrbios visuais). Só o médico pode decidir sobre o uso de Reuquinol durante a gravidez e amamentação. Este medicamento é contraindicado para menores de 6 anos.
Reações adversas: anorexia (perda de apetite); labilidade emocional (mudança rápida de humor); cefaleia; visão borrada devido distúrbios de acomodação que é dose dependente e reversível; dor abdominal; náusea; erupção cutânea (pele); prurido (coceira).
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