Porto

Movimentação em portos demanda mais investimentos

Para 2021, governo federal confirmou leilão de áreas no Porto do Itaqui, que demandará R$ 500 milhões

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Segundo a Emap, plano é ampliar capacidade de armazenamento de granéis líquidos de 370 mil m³ para 600 mil m³ no Itaqui
Segundo a Emap, plano é ampliar capacidade de armazenamento de granéis líquidos de 370 mil m³ para 600 mil m³ no Itaqui (Porto do Itaqui)

São Luís - A movimentação portuária de petróleo e derivados vem crescendo ano após ano no país como reflexo do aumento da produção de hidrocarbonetos no offshore brasileiro. Em 2019, foi registrada alta de 10,3% da carga em portos, terminais marítimos e aquaviários, ante o ano anterior, com 223 milhões de toneladas, e a perspectiva é de linha ascendente nos próximos anos, de acordo com informações do site Brasil Energia.

Mesmo com a crise econômica e sanitária da Covid-19, foram movimentadas 79 milhões de toneladas de granéis líquidos nos primeiros quatro meses de 2020, um crescimento de 16% ante o mesmo período de 2019, segundo dados mais recentes da Antaq.
óleo

Os maiores volumes de óleo e derivados são movimentados nos terminais aquaviários da Transpetro de Angra dos Reis (Tebig), no Rio de Janeiro, e de São Sebastião (Tebar), em São Paulo – estados em cujo litoral estão situadas as principais bacias produtoras de petróleo e os maiores mercados consumidores de derivados.

Em 2019, o Tebig movimentou 51,4 milhões de t de óleo e derivados, um aumento de 21,7% ante 2018. Já no Tebar foram 42,6 milhões de t, uma redução de 1,9% em relação ao ano anterior.
Um dos principais projetos privados de infraestrutura do país, o Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), é a instalação portuária com o maior crescimento do volume de cargas em 2019, com 91% de aumento, totalizando 19 milhões de t movimentadas.

Complexo

O complexo portuário e industrial é responsável por 25% de todo petróleo exportado pelo Brasil. Em junho, a Açu Petróleo acertou com a Petrobras dobrar o volume de óleo movimentado em seu terminal, para até 100 milhões de barris. Entre seus clientes estão ainda a Shell, Petrogal, Total, Equinor e Repsol.

Também em junho a Porto do Açu Operações e o Oil Group assinaram um acordo para instalação de uma refinaria de US$ 300 milhões com capacidade inicial de 20 mil b/d, podendo chegar até 50 mil b/d, e início de operação previsto para 2024. A unidade de refino demandará maior movimentação portuária de óleo e derivados no Porto do Açu, onde também se desenvolve um projeto de tancagem onshore.

Leilões e projetos

Para atender à demanda crescente, leilões de áreas greenfield e brownfield para granéis líquidos estão programados pelo governo federal até 2021 nos portos de Itaqui (4), Santos e Maceió (2 cada), além de Vila do Conde, Outeiros, Paranaguá e Mucuripe (1 área cada).

Entre 2017 e 2019, o governo federal licitou 14 áreas no Espírito Santo, Pará, Paraíba e São Paulo, arrecadando R$ 980 milhões e garantindo investimento de R$ 1,033 bilhão.

Somente nos dois terminais em Santos são esperados aportes de R$ 1,4 bilhão em infraestrutura, enquanto, nas quatro áreas de Itaqui (MA), outros R$ 500 milhões em investimentos, com acréscimo de 150 mil m³ de tancagem.

Itaqui é um dos portos que formam o Arco Norte, conjunto de infraestruturas portuárias no norte do país de grande importância para o escoamento de granéis líquidos. Seus terminais movimentam apenas derivados, sobretudo importados. Em 2019, foram movimentados 7,7 milhões de toneladas, alta de 25% em comparação com 2018.

“Somos um hub regional, com algumas vantagens: a localização em relação aos principais mercados do Norte e Nordeste; a profundidade dos berços e a proximidade com as rotas dos mercados de combustíveis: Golfo do México e Roterdã, na Holanda”, destacou Ted Lago, presidente do Porto de Itaqui. Os 19 metros de calado permitem o recebimento de navios de até 145 mil toneladas.

Ele conta que o plano ampliar a capacidade de armazenamento de granéis líquidos de Itaqui dos atuais 370 mil m³ para 600 mil m³ nos próximos dois anos. “Estamos concluindo a fase 2 do terminal da Ultracargo, que trará mais 100 mil m³ adicionais, e, em julho, a Raízen inaugura um novo terminal de 80 mil m³”, informou o executivo.

Há diversos projetos em curso de expansão de terminais de combustíveis já aprovados pela Antaq. Entre os exemplos estão a ampliação da do terminal da Ultracargo em Aratu (BA), e da infraestrutura de tancagem das empresas Decal e Pandenor no Porto de Suape (PE).

Números

R$ 500

Milhões serão investidos em quatro áreas no Porto do Itaqui para movimentação de combustíveis

370

mil metros quadrados é a atual capacidade de armazenamento de granéis líquidos no Porto do Itaqui



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