Editorial

Um caminho sem volta

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

Em um caminho sem volta ao “antigo normal”, a cidade de São Luís já vive uma situação muito diferente de alguns meses atrás quando o comportamento, a economia, a política e a cultura, dentre outros setores, foram redefinidos pelas medidas determinadas para evitar a disseminação da Covid-19. Atualmente, com o relaxamento do isolamento social é possível perceber mudanças significativas em diversos hábitos, como no trabalho.

O “novo normal“, expressão cunhada pelo empresário egípcio-americano Mohamed Aly El-Erian, é muito explorada nestes tempos de pandemia. Ele acredita que há mais “incertezas do que certezas” quando se trata do coronavírus e que neste momento de transformação podemos criar uma sociedade mais consciente, mais responsável, empática e mais digital. E aos poucos a capital maranhense volta à normalidade, ou seja, o “novo normal” chegou.

Com a reabertura dos shoppings, bares e restaurantes, o consumidor maranhense já respira novos ares, mais opções de diversão e lazer. Não há dúvidas de que novos hábitos foram criados e deverão permanecer. A Organização Mundial de Saúde, por exemplo, já criou diretrizes que moldarão esse novo tipo de comportamento: responsabilidade compartilhada, solidariedade global e ação urgente para as pessoas necessitadas, que demandam a proteção de empregos, empresas e meios de subsistência para iniciar uma recuperação segura das sociedades e economias o mais rápido possível.

É claro que a volta das atividades do setor comercial no país e, em particular, São Luís, muitas pessoas estão relaxando com a segurança para impedir a propagação da Covid-19. Agora mesmo, a lei que torna obrigatório o uso de máscara em locais públicos e nos meios de transportes no Brasil foi sancionada com vetos pelo presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira, 3.

A obrigatoriedade do uso de máscara em estabelecimentos comerciais, industriais e de ensino, templos religiosos e demais locais fechados estão entre os trechos vetados por Bolsonaro. Estes estabelecimentos também estão dispensados de fornecerem máscara para seus funcionários. O presidente justifica o trecho vetado afirmando "incorrer em possível violação de domicílio".

O trecho que obrigava o Estado a fornecer gratuitamente máscaras para as populações de baixa renda também foi vetado pelo presidente. Neste caso, Bolsonaro justificou que esta medida poderia criar uma despesa obrigatória ao Poder Público. O texto prevê aplicação de multas para quem descumprir a lei. Contudo, os valores das multas deverão ser definidos pelas administrações locais (estados e municípios). Vale lembrar que no Maranhão continua obrigatório o uso de máscaras.

E depois das trapalhadas do senhor Carlos Alberto Decotteli, o ex-ministro da Educação que foi demitido sem assumir, finalmente teremos um novo titular da pasta. O escolhido pelo presidente Bolsonaro foi o secretário de Educação do Paraná e ex-executivo Renato Feder.

O que diz a imprensa: Feder é elogiado pela sua simpatia, inteligência e bom trato. Mas fontes o descrevem como muito ambicioso e que recentemente passou a buscar um cargo público importante na educação. Sua visão mais liberal é criticada por alguns e elogiada por outros no meio educacional. E mais: pode ter problemas no MEC com os membros ligados a Olavo de Carvalho. Há também muita resistência à colaboração de entidades da sociedade civil no governo, como fundações e institutos, com os quais Feder tem boa relação. A atual secretária da Educação Básica, Ilona Becskehazy, fez postagens recentes em redes sociais afirmando que “ONGs são empresas”, com interesses privados e não vão entrar no MEC. Pois bem, habemus ministro da Educação.


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