Retorno

Lojas dos asiáticos voltam a funcionar no centro da capital

Estrangeiros reabrem ponto comercial e seguem normas sanitárias para evitar proliferação da Covid-19

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Lojas cumprem normas  sanitárias
Lojas cumprem normas sanitárias (asiáticos)

São Luís - Os asiáticos já reabriram seus estabelecimentos comerciais, localizado no centro de São Luís, seguindo as normas sanitárias determinadas pelo Governo do Estado, para evitar a proliferação da Covid-19, o novo coronavírus. Os primeiros casos dessa doença, inclusive óbitos, foram registrados na cidade de Wuhan, na China, ainda na primeira semana do mês de janeiro deste ano, antes de se espalhar no mundo.

Na Rua de Santana, onde há uma grande concentração de comércios com proprietários asiáticos, na sexta-feira, 3, a movimentação de pessoas era intensa. As lojas dos estrangeiros estavam funcionando, com várias restrições, como as demais. Eduardo Santos, de 38 anos, disse que o proprietário do ponto comercial onde trabalha é da China e somente voltou a funcionar na semana passada, após mais de três meses fechado.

Ele contou que o seu horário de trabalho está reduzido, das 9h até 12h, e até o momento não sabe quando o ponto comercial vai funcionar o dia todo. “O meu chefe está há um ano sem ir a China e tive que entrar em acordo para não ficar desempregado”, disse Eduardo Santos.

Vanda Machado, de 42 anos, também trabalha como vendedora em um ponto comercial de estrangeiro, no Centro. Ela declarou que ficou em casa por mais de 90 dias e teve de fazer outro tipo de atividade para conseguir obter dinheiro para o sustento da família. “A loja voltou a funcionar na semana passada e agora estou mais tranquila, porque tenho certeza que vou ter dinheiro, no fim do mês, para pagar as minhas contas”, disse a vendedora.

Na entrada dos pontos comerciais havia o álcool em gel disponível e os estrangeiros estavam utilizando luvas e máscaras. Ana Karla Silva, de 29 anos, ressaltou que recebeu ordem da proprietária para dar acesso de clientes ao local somente após o processo de higienização.

Retorno do comércio
O retorno do comércio na Grande Ilha, por determinação do Estado, está sendo feito de forma gradual. No dia 25 de maio, o Governo liberou o funcionamento das empresas familiares. Muitas lojas abriram as portas e a área do centro da cidade, principalmente, a Rua Grande teve o registro de grande movimentação de pessoas.

Houve até mesmo filas para as pessoas entrarem nas lojas. O cenário era o mesmo na frente das agências bancárias e também era possível observar que muitas pessoas estavam usando máscara. As paradas de coletivos do centro ficaram lotadas.

No dia 1º do mês passado, o Governo liberou o funcionamento das clínicas médicas, consultórios dentários, salão de beleza, construção civil e lojas de artigos eletrônicos. No último dia 15 ocorreu a reabertura dos shoppings, mas, com horário reduzido e sem haver o funcionamento da praça de alimentação e o cinema.

No dia 27 de junho, os bares e restaurantes voltaram a funcionar e, na quarta-feira, 1º de julho, as igrejas católicas da Grande Ilha reabriram as portas. Enquanto, as instituições de ensino, segundo o Governo, está previsto para retornar ainda na primeira quinzena do mês de agosto.

Asiáticos na capital
O fenômeno de imigrantes orientais na capital maranhense ocorreu ainda na década de 90 e esses estrangeiros se instalaram na área do centro. Nesta localidade, a partir das 18h30, era possível observar a presença de coreanos, chineses e outros asiáticos.

Divididos em duplas ou trios, eles organizam rapidamente suas mercadorias em lonas espalhadas pelas calçadas e, em menos de uma hora, conseguiam fechar negócios rápidos e lucrativos para os vendedores e compradores. No momento, esses estrangeiros são proprietários de lojas, no Centro.

De acordo com a Polícia Federal, muitos desses estrangeiros entraram no país com o visto de turista, mas, chegando em São Luís começaram a desenvolver uma atividade renumerada. Também houve o registro que várias mulheres asiáticas, que estavam gestantes, chegaram a capital maranhense e, após o nascimento da criança, conseguiram o visto permanente.

Ainda teve a ocorrência que muitos imigrantes asiáticos, que estavam em São Luís de forma ‘ilegal’, deram entrada em sua anistia migratória, sancionada em julho de 2009, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse projeto permitiu que os estrangeiros em situação irregular no país, até o dia 1º de fevereiro daquele ano, regularizassem a sua situação.

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