Leis

Márcio Jerry quer que entregadores tenham vínculo de CLT com empresas

Proposta do deputado federal maranhense considera que 40 horas de trabalho por mês devem servir na constituição de vínculo trabalhista

José Linhares Jr

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Deputado federal Márcio Jerry quer entregadores amparados pela CLT
Deputado federal Márcio Jerry quer entregadores amparados pela CLT (Márcio Jerry)

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) protocolou um projeto de lei que pretende alterar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) para estabelecer direitos para entregadores. A ação do parlamentar acontece no mesmo dia da realização de uma greve nacional por melhores condições de trabalho.

A proposta estabelece critérios para definir são os profissionais e quais empresas se enquadram no novo modelo de negócio, a fim de corrigir deturpações no segmento.

Para Jerry, o caso se tornou urgente desde que as grandes empresas que concentram o mercado mundial dos aplicativos e plataformas digitais, a exemplo do iFood, UberEats e Rappi, passaram a se basear na ausência de qualquer tipo de responsabilidade ou obrigação em relação aos “parceiros cadastrados”, como são chamados os prestadores de serviços.

“Novas modalidades de trabalho precisam ser reconhecidas, respeitada e protegidas pela legislação”, disse o deputado.

O projeto de lei do comunista define que será considerado empregado de empresas operadoras de aplicativos de entrega o profissional que “exercer atividade de entregador de mercadorias, de forma pessoal, onerosa e habitual vinculado à empresa”. O tempo mínimo para ser considerado funcionário da empresa é de, no mínimo, 40 horas por mês nos últimos três meses.

Ainda segundo o texto, “qualquer plataforma eletrônica que faça a intermediação entre o fornecedor de produtos e serviços e o seu consumidor” será enquadrada na nova legislação.

Entre as exigências para as empresas, está a obrigatoriedade da contratação de seguro de vida, seguro para a cobertura de danos, roubos e assaltos do veículo usado para a entrega sem qualquer ônus para o motorista, as empresas terão que assegurar aos trabalhadores alimentação, água potável e espaço seguro para descanso e acesso a sanitários entre as entregas.

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