Imunização

Mais de 40 mil pessoas não se vacinaram contra influenza em São Luís

Segundo a Secretária Municipal de Saúde, 321.768 doses foram aplicadas, durante toda a campanha; vacina ainda está à disposição

Bárbara Lauria / Equipe O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Apesar da campanha de vacinação contra a Influenza ter sido encerrada, ainda há doses em postos de saúde
Apesar da campanha de vacinação contra a Influenza ter sido encerrada, ainda há doses em postos de saúde (VACINA CORONAVIRUS )

São Luís – A campanha de vacinação contra a gripe em São Luís se encerrou na última sexta-feira (26) e, segundo a Secretária Municipal de Saúde (Semus), 44.513 pessoas não se imunizaram contra a doença.

Apesar da grande maioria da população de São Luís ter se imunizado contra a influenza, é de extrema importância que àqueles que não se vacinaram durante a campanha se vacinem agora. No total, 321.768 doses foram aplicadas desde o início da campanha (março) até o dia 26 de junho, o que equivale a 89,9% da população.

A Semus informou que aqueles que ainda não se vacinaram - crianças de seis meses a menores de seis anos, além de gestantes e adultos, de 55 a 59 anos - devem procurar um posto de saúde, com base em lista disponível no site saoluis.ma.gov.br.

Importância da vacina

A vacina contra a gripe, composta por vírus inativo, é trivalente e protege contra os três vírus da influenza que mais circularam no hemisfério sul em 2019: Influenza A (H1N1), Influenza B e a Influenza A (H3N2). A doença é uma Infecção viral aguda do sistema respiratório, que pode ser fatal. De acordo com o Ministério da Saúde, existem três tipos de influenza: A (que possuí subtipos como H1N1 e o H3N2), B e C.

O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Segundo o Ministério da Saúde, os vírus influenza são transmitidos facilmente por aerossóis produzidos por pessoas infectadas ao tossir ou espirrar, possuem um risco maior de desenvolver complicações em algumas pessoas como idosos, crianças novas, gestantes e pessoas com alguma comorbidade.

A vacina é uma forma de prevenir a contaminação da doença. Durante a pandemia da Covid-19, doença que também causa comprometimento das vias respiratórias, a vacina da gripe pode auxilia a evitar mais casos de Síndrome Respiratória Aguda pelo hemisfério Sul.

“A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, auxiliará os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para a Covid-19, já que os sintomas são parecidos. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde”, explicou o Ministério da Saúde.

Ainda, segundo o Ministério da Saúde, um indivíduo pode contraí-la várias vezes ao longo da vida. Em geral, tem evolução autolimitada (com começo, meio e fim, que pode terminar sem tratamento), podendo, contudo, apresentar-se de forma grave.

Sintomas
Semelhante aos sintomas da Covid-19, a Influenza pode causar a infecção aguda das vias aéreas que cursa com quadro febril (temperatura igual ou acima de 37º), com a curva térmica usualmente declinando após dois ou três dias e normalizando em torno do sexto dia de evolução. A febre geralmente é mais acentuada em crianças.

Os demais sinais e sintomas são habitualmente de aparecimento súbito, como:

  • Calafrios
  • Mal-estar
  • Cefaleia
  • Mialgia
  • Dor de garganta
  • Artralgia
  • Prostração
  • Rinorreia
  • Tosse seca
Podem ainda estar presentes:

  • Diarreia
  • Vômito
  • Fadiga
  • Rouquidão
  • Hiperemia conjuntival
É importante notar que nem todas as pessoas com gripe observarão a febre.

SAIBA MAIS

Casos

De acordo com a Secretária de Estado da Saúde do Maranhão (SES), até abril deste ano já haviam 41 casos e quatro mortes por H1N1, também conhecida como gripe suína, em todo o estado do Maranhão. Já no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, em 2020, até o dia 23 de maio, foram registrados 1.483 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) hospitalizados por influenza em todo o país, com 205 mortes.

Do total de casos que já tiveram a subtipagem identificada, 581 foram casos de influenza A (H1N1), com 78 óbitos; 64 casos e 13 óbitos por influenza A (H3N2); 361 de influenza A não subtipado, com 61 mortes; e 477 casos e 53 óbitos por influenza B.

O Ministério da Saúde mantém a vigilância da influenza no Brasil por meio da vigilância sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em pacientes hospitalizados. Eles possuem 200 unidades distribuídas em todas as regiões do País e tem como objetivo principal identificar os vírus respiratórios circulantes e permitir o monitoramento da demanda de atendimento dos casos hospitalizados e óbitos.

Novas campanhas de vacinação

A Secretária Municipal de Saúde se manifestará, ainda nesta semana, sobre as ações específicas acerca do sarampo na capital. A vacina para a doença estava sendo aplicada durante as ações contra a influenza em menor proporção e, a partir do mês de julho, passará a ser priorizada para adultos entre 20 e 49 anos.

Números

44.513 pessoas não se vacinaram contra a influenza durante a campanha em São Luís
321.768 doses da vacina foram aplicadas, durante toda a campanha, na capital
41 casos e quatro mortes por H1N1 foram registradas no Maranhão, até abril deste ano
1.483 casos Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram registrados em todo o país até o dia 23 de maio

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