Feriado

Com lojas fechadas, pessoas se aglomeram na Rua Grande

Depois de funcionarem no período da manhã, lojas começaram a fechar as portas por volta das 14h; apesar disso, muita gente ainda percorria a Rua Grande, depois das 16h, durante o feriado

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Movimentação na Rua Grande se manteve intensa, mesmo depois do fechamento de lojas, no período da tarde
Movimentação na Rua Grande se manteve intensa, mesmo depois do fechamento de lojas, no período da tarde (Rua Grande)

São Luís - Em clima de festa junina, o Dia de São Pedro foi movimentado em São Luís, apesar do momento de tensão e preocupação decorrente da pandemia da Covid-19. No feriado desta segunda-feira (29), os estabelecimentos comerciais localizados na Rua Grande, na região central da cidade, ficaram abertos, em sua maior parte, até por volta das 14h. Apesar do fechamento das lojas no período da tarde, muitas pessoas ainda estavam no local, formando aglomerações, como verificou O Estado.

O movimento na Rua Grande foi intenso durante o turno matutino da terça-feira. Com praticamente todas as lojas abertas, muita gente saiu de casa para fazer compras na localidade, ou apenas para “bater-perna”. Além dos comerciantes, os vendedores ambulantes disputaram espaço, para oferecer seus produtos aos pedestres, como laranjas, tanjas, chips telefônicos, brinquedos, fones de ouvido, máscaras de pano, álcool em gel, mochilas, roupas e salada de frutas. Algumas pessoas aproveitaram o feriado para faturar por meio de serviços, como conserto de notebooks e relógios.

No início da tarde, os estabelecimentos comerciais começaram a fechar as portas. Somente poucos continuaram abertos. Apesar disso, muitos consumidores continuaram percorrendo a Rua Grande, quando fazia forte calor. Àquela altura, apenas poucos vendedores ambulantes permaneciam no local na tentativa de ganhar um dinheiro nas aglomerações. De acordo com a costureira Márcia de Jesus Alencar, ela estava lá porque ficou sabendo que as lojas iriam funcionar até as 18h. “Me disseram que seria até esse horário. Se eu soubesse que tudo estaria fechado, não teria vindo, até porque não quero me contaminar”, justificou.

Aglomeração na reabertura

No dia 25 de maio, houve teve início a reabertura gradual do comércio no Maranhão, conforme o Decreto nº 35.831, do Governo do Estado. Naquele dia, a Rua Grande, que foi revitalizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a Prefeitura de São Luís, amanheceu lotada. O local havia ficado interditado pela Polícia Militar devido à pandemia do novo coronavírus. Inclusive, viaturas foram colocadas nos dois acessos principais (Avenida Magalhães de Almeida e Rua do Passeio), para que ninguém entrasse na via.

No dia da reabertura do comércio, equipes da Vigilância Sanitária do Maranhão e da Polícia Militar percorreram a Rua Grande, que estava muito movimentada, com vários consumidores entrando nas lojas e passeando. A fiscalização, que também contou com a participação do Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor (Procon/MA), começou no início da tarde. O grupo se concentrou em frente ao Banco do Brasil, no Complexo da Deodoro, acompanhou O Estado.

Do ponto escolhido, iniciaram a fiscalização na Rua do Passeio, onde alguns comércios já estavam funcionando, devido ao Decreto do Governo do Estado. Nos pontos comerciais, os proprietários e funcionários foram orientados sobre as medidas de proteção, como o uso de máscara. Os fiscais da Vigilância Sanitária solicitaram que os comerciantes tomassem algumas providências, como não permitir que os clientes provassem as roupas, com relação a esse tipo de estabelecimento, a não ser que fizessem todas as medidas de higienização nas peças com substâncias específicas que eliminam o coronavírus.

Também pediram que controlassem o fluxo de pessoas nos comércios, evitando aglomerações e mantendo o distanciamento de 2 ou 3 metros entre os consumidores. Quando as equipes entraram na Rua Grande, ficaram impressionados, porque encontraram-na repleta de pessoas, entre clientes e vendedores ambulantes, que aproveitaram a reabertura progressiva para montar suas barracas, também, nas transversais. Em uma delas, na Rua de Santaninha, vários “camelôs” disputavam espaço oferecendo produtos como celulares, brinquedos, acessórios e DVDs piratas.

SAIBA MAIS

Flexibilização do comércio

A reabertura gradual do comércio começou no dia 25 de maio, não apenas na região metropolitana de São Luís, como no interior maranhense. Pelo Decreto nº 35.831, só poderão funcionar nesse período, além dos serviços essenciais, os estabelecimentos comerciais de pequeno porte, onde somente trabalhavam, antes da pandemia, e continuariam a trabalhar, exclusivamente o proprietário e seu grupo familiar. Medidas sanitárias foram adotadas nesses locais, para evitar a propagação do novo coronavírus.

Esses comércios, assim como todos os demais englobados nas medidas de distanciamento social, não estavam funcionando desde o dia 21 de março, quando o Governo do Estado anunciou esse fechamento pelo período de 15 dias, mas o prazo foi prorrogado em outros atos administrativos, uma vez que os casos confirmados da Covid-19 apenas aceleravam no estado.

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