Coronavírus

Guardas municipais sofrem com síndromes respiratórias

Atuando na rua, em contato com o público, agentes ficam vulneráveis; 37 deles tiveram de se afastar nos últimos tempos; a Guarda Municipal de São Luís atua em ações de prevenção à Covid-19

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Guarda Municipal atua em parceria com outras secretarias na prevenção à Covid-19
Guarda Municipal atua em parceria com outras secretarias na prevenção à Covid-19 (Guarda Municipal)

São Luís - Em um período crítico, como este, provocado pela pandemia do novo coronavírus, vários setores são afetados, como escolas, universidades, comércio, fábricas, empresas, instituições religiosas e órgãos públicos. Isso acontece porque o número de infectados cresce em uma curva de contágio que impressiona. Muita se fala em profissionais de saúde contaminados, pois estão na “linha de frente”. Mas quem trabalha nas ruas também adoece. Em São Luís, 37 guardas municipais já apresentaram atestado médico por síndromes respiratórias, dentre as quais a Covid-19.

Os dados foram divulgados pela Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc). Não foi especificada, no entanto, a quantidade de guardas municipais com suspeita ou confirmação do novo coronavírus, mas apenas o total de servidores que apresentaram o atestado médico referente as síndromes respiratórias. De qualquer forma, é uma situação que, em tese, afetaria o andamento do trabalho da corporação. Porém, foi ressaltado que as ações promovidas por esses profissionais continuam em várias partes da cidade.

Conforme a Prefeitura, a Guarda Municipal de São Luís (GMSL) atua em parceria com as demais secretarias municipais em ações de apoio que objetivam a observância às medidas de prevenção à Covid-19. “Entre as secretarias estão: Secretária Municipal de Saúde (Vigilância Sanitária), Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Blitz Urbana) e Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa)”, enfatizou a Semusc em nota.

Atuação
A Guarda Municipal de São Luís foi criada em 1989, a partir da Lei Municipal nº 2.968, do dia 6 de julho daquele ano. A corporação atua em vários pontos da cidade, como Centro Histórico, Rua Grande, Complexo Deodoro e Parque do Bom Menino. E também auxilia na segurança de vários eventos. Essas incursões são realizadas a pé, em carros, motocicletas e ônibus de videomonitoramento. Além disso, possui um aspecto educativo, uma vez que participa de ações preventivas em escolas e outros ambientes.

Inicialmente, a GMSL possuía uma sede no Parque do Bom Menino, em uma área administrativa. Mas, em 1992, houve a transferência das instalações para o Complexo de Segurança situado na Avenida dos Franceses, no bairro Alemanha, ao lado do Hospital Dr. Odorico Amaral de Matos (Hospital da Criança). Segundo a Semusc, a Guarda Municipal de São Luís passou a integrar a estrutura orgânica, administrativa, técnica e financeira da referida secretaria em 2009, por meio da Lei nº 5.077.

SAIBA MAIS

Covid-19 no Maranhão

O boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), divulgado na noite de quarta-feira, 24, mostrou que já aconteceram 73.314 casos confirmados da Covid-19 no Maranhão, com registro de 1.836 óbitos. Isso dá uma média de 61 mortes por dia no estado. A primeira ocorreu no dia 29 de março. A vítima, inclusive, tinha histórico de hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, que se enquadra no denominado grupo de risco, segundo a Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde (MS).

O óbito ocorreu nove dias após a comprovação do primeiro caso da Covid-19 no estado, fato registrado em 20 de março. De acordo com a SES, com relação aos novos casos, 63 ocorreram na Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa) e 1.162 nas demais regiões. E 68 foram registrados em Imperatriz, no sudoeste maranhense.

Covid-19/síndromes respiratórias

Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do seu Sistema InfoGripe, indicam que 94,7% das notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), também conhecida como Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), foram provocados pela Covid-19 no Brasil. Na Semana Epidemiológica 24, referente ao período de 7 a 13 de junho, todas as regiões brasileiras apresentaram números de casos e de óbitos pela doença respiratória muito altos.

Conforme a Fiocruz, até o término da Semana 24, ocorreram 210.767 casos de SRAG no Brasil, podendo variar entre 200.482 e 229.995. Entre os positivos, 1,4% de Influenza A; 0,7% de Influenza B; 1,1% de vírus sincicial respiratório (VSR), e 94,7% de Sars-CoV-2 (Covid-19). A Fundação informou que, no total, foram reportados neste ano 181.863 casos, sendo 77.705 (42,7%) com resultado laboratorial positivo para alguns vírus respiratórios, 54.927 (30,2%) negativos e cerca de 35.867 (19,7%) aguardando resultado dos laboratórios.

“Diante da heterogeneidade da disseminação da Covid-19 por todos os estados, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, recomenda que sejam realizadas avaliações locais, uma vez que a situação dos grandes centros urbanos é potencialmente distinta da evolução no interior de cada estado”, esclareceu a Fundação Oswaldo Cruz.

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