Distanciamento

Uso de máscara é negligenciado em locais com aglomeração

Como observou O Estado na Rua Grande, algumas pessoas insistem em caminhar sem a proteção no rosto, apesar da obrigatoriedade do uso

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Apesar da obrigatoriedade, uso da máscara ainda é esquecido
Apesar da obrigatoriedade, uso da máscara ainda é esquecido (sem máscara)

São Luís - Com a flexibilização do comércio e reabertura dos shoppings center no Maranhão, alguns locais se tornaram pontos de aglomerações, fator que é considerado favorável para a proliferação do novo coronavírus, por causa do contato. Em São Luís, a Rua Grande continua sendo um dos lugares com mais presença de pessoas próximas umas das outras, em meio à pandemia da Covid-19. Alguns frequentadores parecem não se importar com o contágio e saem de casa sem proteção. Na Avenida Litorânea, essa realidade também é comum, assim como na Avenida Ferreira Gullar, na Ilhinha.

Como verificou O Estado, nesses três pontos da capital maranhense, a máscara de proteção é ignorada por algumas pessoas, apesar da campanha feita pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em suas redes sociais. O equipamento de proteção, que é de uso obrigatório no Maranhão, conforme o Decreto nº 35.746, do Governo do Estado, é importante como medida de prevenção, uma vez que a Covid-19 é transmitida por gotículas de saliva contaminadas que acabam sendo levadas para mucosas do corpo, como boca, nariz e olhos.

No entanto, a eficácia da máscara como prevenção contra o novo coronavírus parece não ser relevante para quem insiste em agir como se estivesse imune a doença. Na Rua Grande, é raro observar alguém sem o material no rosto, mas isso não significa que não aconteça. Uma mulher, que segurava duas crianças pelos braços, foi flagrada desprotegida. Ela só colocou a proteção depois que percebeu a presença de O Estado.

Entre vendedores ambulantes, é mais fácil encontrar alguém sem a máscara ou com a peça apoiada no queixo, com os lábios e nariz expostos. Isso acontece não apenas na Rua Grande, mas nas imediações, como as ruas de Santana, da Paz e do Sol. Além da região central de São Luís, pessoas que negligenciam o uso do material podem ser vistas, ainda, na Avenida Litorânea, especialmente com relação a quem faz caminhadas, corridas ou pedaladas.

Perigo das aglomerações
Evitar aglomerações não é uma conduta orientada para causar prejuízos. O objetivo é criar um ambiente propício para que a curva de contágio da Covid-19 desacelere, o que reduzirá as chances de uma transmissão. Não à toa, o Poder Público realiza campanhas com essa temática. Sair de casa não é proibido. Mas é importante que as pessoas reconheçam que o distanciamento é uma das formas simples de combater a pandemia, uma vez que a infecção ocorre a partir de contato com secreções contaminadas.

Essas secreções podem ser espirro ou gotículas de saliva, que, assim como o contato físico com alguém infectado, resultam na aceleração do contágio, incluindo as pessoas assintomáticas. Por este motivo, a recomendação das autoridades públicas é não formar aglomerações, fato preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesse sentido, a distância mínima seria de pelo menos um metro, nos espaços públicos e privados. Essa medida, aliada com outras, atua como prevenção à Covid-19.

Se para quem é saudável (que pratica atividade física, se alimenta equilibradamente e tem uma boa noite de sono), a prevenção é importante, imagine para quem tem comorbidade ou leva uma vida sedentária. Então, tomar cuidado é essencial para a proteção contra uma doença que ainda não está totalmente compreendida pela ciência.

Uso da máscara
Além do distanciamento social, outra medida importante é a máscara. Segundo a ANS, alguns cuidados precisam ser seguidos no uso do material de proteção. A Agência Nacional de Saúde Suplementar ressalta, em sua campanha, que, em primeiro lugar, a máscara é individual. Isso significa que não pode ser dividida com ninguém, incluindo familiares. Cada um deve ter o seu equipamento. “Para usar regularmente as máscaras protetoras é necessário cuidado no manuseamento e uso para evitar exposição à Covid-19. Para colocar e retirar do rosto, o manuseio deve ser feito apenas pelos elásticos ou atilhos”, pontuou o órgão.

Em seguida, o usuário deve lavar de imediato a máscara com sabão ou água sanitária, deixando-a de molho por cerca de 20 minutos, para higienização total. Além disso, o material deve conter pelo menos duas camadas de pano (dupla face). Na campanha, a ANS destaca que é importante ter elásticos ou tiras para amarrar acima das orelhas e abaixo da nuca, para que o tecido sempre proteja a boca e o nariz. Isso evita que não restem espaços na face da pessoa.

“Chegando em casa, lave as máscaras usadas com água sanitária. Deixe de molho por cerca de 30 minutos. Use a máscara sempre que precisar sair de casa. Saia sempre com pelo menos uma reserva e leve uma sacola para guardar a máscara, quando precisar trocar”, ressaltou a Agência.

SAIBA MAIS

Campanha da ANS

Nas redes sociais, a Agência Nacional de Saúde Suplementar está realizando a campanha para incentivar o uso da máscara de proteção, a fim de conter a disseminação do novo coronavírus. Em seu site, o órgão destaca que as mensagens alertam que o cuidado é pessoal, mas os benefícios da utilização do equipamento são coletivos. As informações transmitidas estão sendo compartilhadas nos vários canais da ANS, com a hasthag #EuUsoMáscara.

A Agência objetiva chamar atenção para a responsabilidade individual e coletiva no combate à pandemia da Covid-19. “É importante destacar que as restrições de circulação impostas com o objetivo de evitar aglomerações ainda são o principal fator de controle da doença e devem ser respeitadas. Mas nos casos que é inevitável a circulação em vias públicas ou ambientes de grande movimentação de pessoas, a recomendação é que todos usem máscara de proteção que cubra totalmente a boca e nariz e que esteja bem alinhada ao rosto, sem deixar espaçamento”, salientou a ANS.

Segundo a ANS, o ideal é que a pessoa utilize máscaras alternativas, ou seja, feitas de tecido ou outros materiais, deixando, assim, as do tipo cirúrgicas descartáveis (N-95) para uso exclusivo dos profissionais de saúde envolvidos no combate à doença.

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