Editorial

Fortalecendo o combate

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

Não são poucos os esforços em diversos países para ser encontrada uma vacina contra a Covid-19, que continua fazendo vítimas em todo o mundo. E o Brasil já se destaca negativamente, se tornando o epicentro mundial da pandemia. A situação é tão grande que o diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, afirmou que, mesmo com os altos números registrados nos últimos dias, o Brasil provavelmente tem mais casos da Covid do que os que são oficialmente relatados.

Mesmo enfrentando essa triste situação, o Brasil deve começar a produzir a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, em conjunto com a farmacêutica britânica AstraZeneca. O acordo deve ser assinado ainda essa semana e contará com a participação da Fiocruz. O imunizante de Oxford é um dos mais avançados até o momento e foi o primeiro a iniciar os estudos clínicos de fase 3, a última exigida por agências regulatórias antes da aprovação final. O Brasil já participa dos testes, com 2.000 voluntários, que foram iniciados no último fim de semana e são conduzidos pela Unifesp.

Também uma outra boa notícia é que cientistas brasileiros começaram, na semana passada, o primeiro estudo brasileiro que utiliza células-tronco mesenquimais, derivadas do tecido do cordão umbilical, para tratar pacientes com síndrome respiratória aguda grave decorrente do vírus Sar-CoV-2, que causa a Covid-19.

As células-tronco mesenquimais são capazes de se transformar em células que compõem outros tecidos, desde o muscular aos neurônios. Atuam na regeneração de tecidos danificados, possuem a característica de não serem rejeitadas pelo corpo humano e ainda são “imunoprivilegiadas”, pois não podem ser infectadas pelo novo coronavírus. O trabalho é uma parceria entre pesquisadores.

Nesta semana, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que até o momento foram destinados R$ 39,3 bilhões em crédito extraordinário, por meio de medidas provisórias, com a utilização de R$ 13,5 bilhões no combate a Covid-19. Significa dizer que o governo federal ainda tem, de saldo, R$ 25,8 bilhões que devem ser empenhados nas frentes de combate o coronavírus.

A Medida Provisória 969, que vai transferir aos estados e municípios R$ 10 bilhões para o enfrentamento à Covid-19, ainda está em andamento, mas outras estão desembolsando os recursos de acordo com a necessidade, o que dá margem para continuar firme no combate à pandemia.

Pazuello também destacou que Centros de Referência para casos leves da Covid-19 estão sendo montados nas comunidades mais carentes do país para acelerar os diagnósticos médicos ainda no início da doença, com base em boas experiências já verificadas em outros países. Ele também falou que uma das próximas estratégias a serem implementadas pelo governo federal será a testagem em massa da população.

A nova orientação do Ministério da Saúde aponta também para testagem em massa dos brasileiros. O objetivo é testar cerca de 24% da população, algo em torno de 50 milhões de pessoas: metade com testes rápidos, que indicam se a pessoa já teve contato com o vírus; e metade com testes moleculares, que indicam a presença do vírus.

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