Pandemia

Europa quer treinar um "exército" de médicos para 2ª onda de Covid-19

Europeus desfrutam do relaxamento das medidas de isolamento social, mas hospitais estão se preparando para possíveis novas infecções da doença

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Movimentação de turistas na cidade de Veneza, na Itália, voltou ao normal
Movimentação de turistas na cidade de Veneza, na Itália, voltou ao normal (VENEZA ITÁLIA )

BRUXELAS - Os europeus estão desfrutando do relaxamento gradual das medidas de isolamento decretadas para combater o coronavírus, mas os hospitais de diversos países já estão se preparando para uma possível próxima onda de infecções.
Alguns especialistas em tratamento intensivo estão tentando contratar mais funcionários permanentes, e outros querem criar um “exército” de profissionais médicos de reserva pronto para ser acionado onde for necessário para trabalharem em alas com pacientes gravemente doentes.

Países europeus vêm dando aos médicos cursos relâmpago sobre como lidar com pacientes com Covid-19, e agora estão procurando maneiras de retreinar equipes para evitar a falta de trabalhadores essenciais se surgir uma segunda onda do novo coronavírus.

“Precisamos de um exército de profissionais de saúde”, disse Maurizio Cecconi, presidente eleito da Sociedade Europeia de Medicina de Tratamento Intensivo (ESICM), que reúne médicos de todo o mundo que trabalham em alas com pacientes gravemente doentes.

Cecconi, que comanda o departamento de tratamento intensivo do hospital Humanitas, de Milão, diz que o corpo médico precisa ser mais flexível no trabalho que faz, e também mais móvel.“Se houver outra onda grande, deveríamos estar preparados para enviar médicos e enfermeiras de regiões próximas dentro da Itália. Isto não aconteceu muito na primeira onda”, disse ele à Reuters.

Pegos de surpresa

Muitos países foram pegos de surpresa pela pandemia de Covid-19 em março e abril, e tiveram que treinar médicos às pressas para trabalharem com pacientes com casos graves da doença de forma a aumentar os quadros e substituir os que adoeceram.
Alguns enviaram estudantes de medicina e médicos aposentados para ajudarem em unidades de tratamento intensivo quando as equipes dos hospitais ficaram sobrecarregadas. Os mais atingidos pela pandemia tiveram que disponibilizar mais leitos e equipamentos essenciais para UTIs, e alguns construíram novos hospitais.

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